CPI ouve Pazuello, que pode falar sobre acusações de Ernesto Araújo — Rádio Senado
CPI da Pandemia

CPI ouve Pazuello, que pode falar sobre acusações de Ernesto Araújo

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello deverá prestar depoimento à CPI da Pandemia nesta quarta-feira (18). O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) não acredita que o general ficará calado depois da acusação do ex-chanceler, Ernesto Araújo, de que a decisão pela cota menor de vacinas no Covax Facility foi de Pazuello. O senador Marcos Rogério (DEM-RO) disse que o ex-ministro da Saúde deverá responder aos questionamentos e que o habeas corpus foi para se proteger de eventuais abusos.  

18/05/2021, 20h55 - ATUALIZADO EM 18/05/2021, 20h55
Duração de áudio: 02:23
Erasmo Salomão / Ministério da Saúde

Transcrição
LOC: VICE-PRESIDENTE DA CPI DA PANDEMIA ESPERA QUE EX-MINISTRO EDUARDO PAZUELLO NÃO FIQUE EM SILÊNCIO. LOC: SENADOR ALIADO DO GOVERNO ACREDITA QUE GENERAL VAI RESPONDER ÀS PERGUNTAS NO DEPOIMENTO DESTA QUARTA-FEIRA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, deverá prestar depoimento à CPI da Pandemia nesta quarta-feira munido de um habeas corpus. A pedido da Advocacia Geral da União, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowisk, concedeu ao general o direito de não responder a todas às perguntas e de não ser preso por isso. O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, acredita que Pazuello não ficará calado depois de o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ter responsabilizado o Ministério da Saúde pela atuação do Itamaraty na pandemia. (Randolfe) Os elementos apontam uma situação muito difícil para o senhor Eduardo Pazuello. Melhor coisa que o senhor Eduardo Pazuello poderia fazer amanhã é vir a essa comissão e colaborar com ela porque ele está sendo abandonado. O está sendo feito pelo governo com o senhor Eduardo Pazuello é um ato de covardia. Ele está sendo abandonado e entregue aos leões para somente ele ser bode expiatório e pagar o preço. A pergunta a ser fazer amanhã ao senhor Eduardo Pazuello é a seguinte: o senhor foi o único responsável por tudo isso? Não teve ninguém que compartilha esta responsabilidade com o senhor? REP: Ao citar uma conduta menos agressiva do relator da CPI, Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, o senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, disse que o habeas corpus já funcionou. Segundo ele, há uma intenção de o ex-ministro da Saúde responder às perguntas e que a proteção do Supremo é apenas para impedir abusos. (Marcos Rogério) Acho que ele vem com a disposição de falar. Ele tem muito dizer. Esteve à frente do Ministério no momento mais delicado da pandemia e ofereceu respostas efetivas ao Brasil. E se eventualmente algum ato, alguma decisão tenha sido fruto de uma reflexão amadurecida que abra o coração e fale à CPI. Acho que numa pandemia como essa o desafio é de todos, seja do governo federal, como dos estados e municípios e que importa num ato ou noutro o cometimento de erro. REP: Eduardo Pazuello permaneceu no comando do Ministério da Saúde por quase um ano, sendo secretário-executivo, ministro interino até assumir o cargo definitivamente. Ele será questionado sobre as ações da pasta no pior momento da pandemia, em especial, sobre o tratamento precoce e a falta de vacinas. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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