CDR debate retomada do setor de eventos corporativos, com medidas de segurança e testagem do público
A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) debateu nesta segunda-feira (17) os prejuízos do setor de turismo de negócios com a pandemia. Representantes do segmento disseram que o modelo de feiras e congressos não suporta encontros virtuais ou híbridos, e acumula perdas expressivas. Para garantir um retorno seguro, especialistas sugeriram, além do avanço da vacinação, a testagem do público, como vem sendo feito em outros países.
Transcrição
LOC: A INDÚSTRIA DO TURISMO DE NEGÓCIOS SOFRE COM A PARALISAÇÃO, MAS AINDA MAIS COM A INCERTEZA DO RETORNO ÀS ATIVIDADES.
LOC: REPRESENTANTES DO SETOR DISSERAM, EM DEBATE NO SENADO, QUE ALÉM DA VACINAÇÃO A TESTAGEM DO PÚBLICO É FUNDAMENTAL PARA GARANTIR A SEGURANÇA DE EVENTOS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
TÉC: As mais de duas mil feiras comerciais que atuam no País, movimentando anualmente cerca de um trilhão de reais, foram adiadas sem perspectiva de retorno por causa da pandemia. Essa incerteza atrapalha o planejamento para o retorno das atividades e a sobrevivência das empresas, que poderiam manter o fluxo de caixa com vendas antecipadas caso soubessem quando voltarão a funcionar. Fatima Facuri, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos, pediu um olhar especial para o setor, que impacta outras atividades como aviação, hotelaria, comércio e serviços em geral.
(Fatima Facuri) Não tem a menor possibilidade de fazer uma feira de vinho, por exemplo, que tem degustação, ou eventos, como citou o Armando, de agronegócios, com equipamentos de custo de mais de R$2 milhões, a serem comprados virtualmente. O que a gente não pode deixar é que haja esse preconceito setorial, porque, assim como os shoppings voltaram, as feiras podem voltar. Nós temos controle muito mais eficaz que o shopping.
(Repórter) O presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, Fernando Collor, do PROS de Alagoas, disse que apesar da avaliação de algumas consultorias de que as mudanças tecnológicas vieram para ficar, os grandes eventos não serão afetados.
(Fernando Collor) Especialistas consideram que a pandemia irá gerar mudanças definitivas em reuniões de curta duração. Todavia, essas mudanças não irão alterar a realização de feiras de grandes proporções, nem de seminários de longa duração. Há uma compreensão de que a audiência não consegue se manter atenta ou motivada por muitas horas em frente a um computador ou em frente ao smartphone.
(Repórter) Os especialistas disseram ainda que o setor deve alavancar a economia pois tem uma capacidade de recuperação rápida. A expectativa é que haja uma desconcentração das áreas muito povoadas que hoje sediam a maior parte dos eventos, como o eixo Rio-São Paulo, promovendo o desenvolvimento em outras regiões. Além do avanço da vacinação, eles sugeriram a testagem do público em grandes eventos, como vem sendo feito em outros países com níveis baixos de contaminação pela covid. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.