Carlos Murillo confirma que Pfizer chegou a oferecer 70 milhões de doses da vacina ao governo — Rádio Senado
CPI da Pandemia

Carlos Murillo confirma que Pfizer chegou a oferecer 70 milhões de doses da vacina ao governo

Em depoimento à CPI da Pandemia, o ex-presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, disse que as negociações com o governo brasileiro começaram em maio do ano passado e com ofertas concretas de 30 e 70 milhões de doses a partir de agosto. Segundo ele, apenas em 19 de março foi assinado o primeiro contrato para a entrega de 100 milhões. 

13/05/2021, 14h23 - ATUALIZADO EM 13/05/2021, 15h28
Duração de áudio: 01:34
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: EXECUTIVO DO LABORATÓRIO PFIZER CONFIRMA QUE OFERECEU A VENDA 30 E 70 MILHÕES DE DOSES DA VACINA AO GOVERNO BRASILEIRO AINDA NO ANO PASSADO. LOC: SENADORES AVALIAM QUE A DEMORA DIFICULTOU TODO O PROCESSO DE IMUNIZAÇÃO QUE PODERIA TER EVITADO MILHARES DE MORTES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN (Repórter) Em depoimento à CPI da Pandemia, o ex-presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, disse que as negociações com o governo brasileiro começaram em maio do ano passado e com ofertas concretas de 30 e 70 milhões de doses a partir de agosto. Segundo ele, apenas em 19 de março foi assinado o primeiro contrato para a entrega de 100 milhões. Carlos Murillo confirmou que não houve respostas à carta enviada em setembro em que a farmacêutica ofereceu os imunizantes a representantes dos Ministérios da Saúde e da Economia. Ele esclareceu ainda que a Pfizer disponibilizou as doses para todos os países no mesmo período e com as mesmas condições contratuais. (Carlos) Dada a situação da pandemia, dado nosso processo de desenvolvimento da vacina, essas foram as condições negociadas e aceitas pelos 110 países com quem hoje a Pfizer tem assinado contrato. (Repórter) O relator, senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, questionou sobre o número de contaminados e mortos se o Brasil tivesse comprado as vacinas no ano passado com a entrega de 500 mil no final do ano passado. (Renan Calheiros) Eu não sou cachaceiro de ninguém, eu sou um democrata. Se ele mentiu, nós temos no relatório como pedir indiciamento dele e mandar para o Ministério Público para ele ser preso, mas não por mim. Mas depois que ele foi julgado e aqui não é um tribunal de julgamento. (Repórter) Ainda na CPI, Carlos Murillo destacou que a Pfizer não atrasou nenhuma entrega. E comentou que se o Brasil tivesse assinado o contrato no ano passado, 14,5 milhões teriam sido entregues 14,5 milhões até junho. Mas até o momento, o País recebeu 1 milhão.

Ao vivo
00:0000:00