Senado lembra os 30 anos do Mercosul e debate perspectivas para o bloco — Rádio Senado
Relações Exteriores

Senado lembra os 30 anos do Mercosul e debate perspectivas para o bloco

Sessão de Debates Temáticos lembrou os 30 anos do Mercado Comum do Sul - Mercosul, criado com a assinatura do Tratado de Assunção em 26 de março de 1991. Convidados discutiram as perspectivas e os desafios do Bloco para a integração regional da América Latina. O senador Fernando Collor (PROS-AL), que era presidente na época de implantação do Mercosul, afirmou que o momento é de reflexão. Participaram do debate o ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França; da Economia, Paulo Guedes; das Relações Exteriores de 1990 a 1992, quando houve a assinatura do Tratado de Assunção, Francisco Rezek; e a ministra da Economia  de 1990 a 1991, Zélia Cardoso de Mello.

23/04/2021, 18h27 - ATUALIZADO EM 23/04/2021, 18h27
Duração de áudio: 02:45
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: SESSÃO DE DEBATES TEMÁTICOS LEMBRA OS 30 ANOS DO MERCOSUL, CRIADO COM A ASSINATURA DO TRATADO DE ASSUNÇÃO EM 26 DE MARÇO DE 1991. LOC: CONVIDADOS DISCUTIRAM PERSPECTIVAS E DESAFIOS DO MERCADO COMUM DO SUL PARA A INTEGRAÇÃO REGIONAL DA AMÉRICA LATINA. REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO TÉC: O autor do requerimento para a sessão foi o senador Fernando Collor, do Pros de Alagoas, presidente da República quando o Mercosul foi criado. Collor afirmou que em lugar de celebrar os 30 anos do Mercosul, é momento de refletir. (Fernando Collor) O espaço a comemorações hoje é reduzido. Defrontamo-nos com a maior tragédia humana já vivida em nosso país. A pandemia atual já nos levou mais de 380 mil brasileiros e brasileiras. Em lugar de celebrar, portanto, estamos convidados a refletir e agir, de maneira comprometida e urgente, sobre meios de enfrentamento da pandemia atual, as vias de saída que almejamos construir e, nessa construção, o papel que o nosso bloco regional tem a desempenhar. (Rep) A Ministra da Economia, Fazenda e Planejamento do Brasil na época da criação do Mercosul, Zélia Cardoso de Mello, reforçou que o surgimento do Bloco, depois de décadas de regime militar, teve caráter político para o fortalecimento do compromisso com a democracia e a gestão civil. Já para o Ministro da Economia, Paulo Guedes a primeira década do Mercosul foi bem-sucedida, mas houve uma falha ao não se perseguir a integração comercial. (Paulo Guedes) Realmente a iniciativa foi excepcional, a iniciativa do Governo Collor de dar esse passo importante para a integração competitiva. Hoje, retrospectivamente, a gente vê como falhamos ao não perseguirmos com mais ênfase essa integração. Na época, nós estávamos a 8%, o comércio brasileiro com esses outros três componentes do Mercosul. Chegamos a quase 20% e hoje estamos a 6%. Estamos atrás de quando começamos o Mercosul. (Rep) Francisco Rezek, Ministro das Relações Exteriores quando houve a assinatura do Tratado de Assunção, lembrou que o Mercosul começou em condições discretas e modestas para não onerar o tesouro dos seus países fundadores: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Rezek acrescentou que a fundação do Bloco concebeu a ideia de uma autêntica união e integração econômica como anunciada no Congresso Bolivariano de 1826. O Ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França apontou que o Mercosul procura implementar duas promessas ainda não cumpridas plenamente: a de livre comércio dentro do Bloco, com a remoção de barreiras para os setores automotivo e açucareiro, e a transformação do Mercosul em plataforma para uma inserção mais competitiva no mercado internacional. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro

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