Guedes defende vacinação, auxílio e isolamento para vencer a crise — Rádio Senado
Economia

Guedes defende vacinação, auxílio e isolamento para vencer a crise

Em audiência na comissão da covid-19, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que os protocolos de enfrentamento à pandemia adotados em 2020 serão repetidos. Entre eles, o pagamento do auxílio emergencial, no valor de R$ 250 e a antecipação de benefícios do INSS. O senador Esperidião Amim (PP-SC) criticou o governo pela descontinuidade do auxílio emergencial, que será retomado em abril sem o pagamento das parcelas de janeiro a março.   

25/03/2021, 15h10 - ATUALIZADO EM 25/03/2021, 18h15
Duração de áudio: 01:55
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Transcrição
LOC: O MINISTRO DA ECONOMIA DEFENDEU “DINHEIRO NA VEIA DOS MAIS POBRES”, VACINAÇÃO EM MASSA E ISOLAMENTO INTELIGENTE PARA COMBATER A PANDEMIA. LOC: EM REUNIÃO DA COMISSÃO DA COVID-19, PAULO GUEDES TAMBÉM PROMETEU 50 BILHÕES ANTECIPADOS PARA BENEFICIÁRIOS DOS INSS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA (Repórter) Em audiência da comissão que acompanha as ações contra a covid-19, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que vai repetir os protocolos econômicos de 2020, que segundo ele, foram bem sucedidos no enfrentamento à crise. (Paulo Guedes) Se nós simplesmente saíssemos aprovando medidas, nós corríamos o risco de uma desorganização da economia. Os senhores imaginem se além dessa grande pandemia nós estivéssemos com falta de abastecimento em supermercado, faltando comida, inflação subindo, disparando. A desorganização da economia seria um golpe de morte no País. (Repórter) Segundo Paulo Guedes, o foco será a proteção dos mais vulneráveis, com a retomada do pagamento do auxílio emergencial de R$ 250. Ao defender um aumento desse valor, ele sugeriu a venda de estatais que dão prejuízos. (Paulo Guedes) Eu também estou indignado com esse valor. É um absurdo que a gente tenha que descobrir, no meio de uma pandemia, que a melhor forma de erradicar miséria é dar o dinheiro para o pobre, é direto, na veia, para os mais pobres. Então, nós temos que trabalhar isso, sim, para aumentarmos o valor. Agora, tem a contrapartida, né? De onde vai sair esse dinheiro? O governo brasileiro é um Estado rico, que financeiramente está quebrado, mas está cheio de ativos que ele não mobiliza. (Repórter) O senador Esperidião Amim, do PP de Santa Catarina, criticou o governo pela suspensão do pagamento do auxílio emergencial de janeiro a março. (Esperidião Amim) Não houve aterrissagem. No dia 31 de dezembro, nós encerramos contábil e juridicamente a pandemia e ignoramos os fatos, danem-se os fatos. Se o dia 1º de janeiro foi igual ao dia 31 de dezembro, problema do calendário. Nós estamos terminando março sem auxílio emergencial, ou seja, entramos do limbo porque não houve aterrissagem. Nós erramos. (Repórter) Paulo Guedes disse ainda que o programa Renda Brasil, que vai substituir o Bolsa-Família não evoluiu politicamente. E acredita que a retomada da economia só será possível com um isolamento “inteligente e seletivo” e a vacinação em massa. O ministro da Economia defendeu a compra dos imunizantes por empresários e anunciou a antecipação de R$ 50 milhões em benefícios de aposentados e pensionistas. O governo também vai isentar impostos de todas as empresas do Simples, que só serão pagos no segundo semestre.

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