Reparação de R$37 bi por Brumadinho é pouco para famílias de vítimas, diz Carlos Viana
Um acordo entre o governo de Minas Gerais e a mineradora Vale prevê o pagamento de R$37,68 bilhões como reparação pelo rompimento da barragem em Brumadinho, em 2019. O senador Carlos Viana (PSD-MG) disse que o dinheiro é pouco em relação às vidas perdidas, mas manda um sinal claro de que danos ao meio ambiente não serão mais tolerados. A reportagem é de Marcella Cunha
Transcrição
LOC: A MINERADORA VALE VAI PAGAR 37 BILHÕES DE REAIS AO ESTADO DE MINAS GERAIS COMO REPARAÇÃO PELO DESASTRE DE BRUMADINHO.
LOC: PARA O SENADOR CARLOS VIANA O ACORDO É UM SINAL DE QUE CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE NÃO VÃO SER TOLERADOS, MAS O DINHEIRO É POUCO PARA AS FAMÍLIA DAS VÍTIMAS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA
TÉC: O acordo entre a mineradora Vale e o governo de Minas Gerais prevê reparação por danos coletivos provocados pelo rompimento da barragem em janeiro de 2019. O acidente deixou 270 mortos, dos quais 11 seguem desaparecidos. A indenização será de 37 bilhões 680 milhões de reais, dos quais 30% serão investidos diretamente em Brumadinho. Para o senador Carlos Viana, do PSD de Minas Gerais, o dinheiro é incapaz de cobrir o prejuízo causado às famílias.
(Carlos Viana) pouco em função das 273 vidas perdidas e da irresponsabilidade dessa empresa na condução da mineração e do meio ambiente. Vão amenizar todo o impacto que nós tivemos em Minas Gerais, especialmente a imagem do nosso Estado que ficou marcada pelo crime ambiental de Brumadinho..
(REP) Pelo acordo, a Vale deverá recuperar o meio ambiente em sua totalidade, sem limite de gastos, ressalvados os danos já identificados como irreparáveis. A indenização, portanto, poderá ser ainda maior dependendo do estado de deterioração da natureza. Para Carlos Viana, a assinatura demonstra que danos ambientais serão punidos com mais rigor.
(Carlos Viana) É um sinal claro, um recado da sociedade, de que nós não toleramos mais crimes contra o meio ambiente, contra as pessoas e a irresponsabilidade de quem explora os nossos recursos naturais sem a devida responsabilidade.
(REP) Além das medidas ambientais, o documento prevê reparação socioeconômica da região afetada, com programas de transferência de renda, segurança hídrica e mobilidade. Com o acordo, foram encerrados todos os processos judiciais referentes aos danos socioambientais causados pelo rompimento. Já as ações de danos individuais dos atingidos pela tragédia seguem em tramitação na Justiça. Segundo a Vale, quase 9 mil pessoas já fazem parte de acordos para indenização civil ou trabalhista. Da Rádio Senado, Marcella Cunha
