Janeiro Roxo alerta para o combate à hanseníase — Rádio Senado
Saúde

Janeiro Roxo alerta para o combate à hanseníase

A campanha Janeiro Roxo tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a prevenção à hanseníase. É iniciativa do Ministério da Saúde com o apoio de entidades como as Sociedades Brasileiras de Dermatologia e de Hansenologia. A hanseníase é uma doença crônica e transmissível, causada por uma bactéria que se multiplica lentamente, levando a sintomas que podem demorar até 20 anos para aparecer. Entre os efeitos mais comuns da doença estão deformidades nas mãos e nos pés e até perda de visão. Acompanhe a reportagem de Pedro Pincer, da Rádio Senado. 

22/01/2021, 19h03 - ATUALIZADO EM 25/01/2021, 07h47
Duração de áudio: 02:34
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: CAMPANHA JANEIRO ROXO ALERTA PARA A IMPORTÂNCIA DO COMBATE À HANSENÍASE LOC: O BRASIL CONCENTRA MAIS DE 90% DOS CASOS DA AMÉRICA LATINA, SENDO O SEGUNDO PAÍS COM A MAIOR PREVALÊNCIA DA DOENÇA, ATRÁS APENAS DA ÍNDIA. O REPÓRTER PEDRO PINCER TEM OS DETALHES: (Repórter) O Janeiro Roxo tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a prevenção à hanseníase. É uma iniciativa do Ministério da Saúde com o apoio de entidades como as Sociedades Brasileiras de Dermatologia e de Hansenologia. A hanseníase é uma doença crônica e transmissível, causada por uma bactéria que se multiplica lentamente, levando a sintomas que podem demorar até 20 anos para aparecer. Entre os efeitos mais comuns da doença estão deformidades nas mãos e nos pés e até perda de visão. É preciso ficar atento a sinais como manchas e caroços pelo corpo e dormência em membros. O Brasil é o segundo país com a maior prevalência da doença, atrás apenas da Índia. A diretora científica da Sociedade Brasileira de Hansenologia, Isabela Goulart, explica a importância de iniciativas como o Janeiro Roxo (Isabela Goulart) É para mostrar isso para a sociedade, que nós, há mais de trinta anos somos o segundo país do mundo em número de doentes e o primeiro da América Latina. A gente precisa do diagnóstico precoce, precisa de todos os profissionais comprometidos com essa doença infecciosa crônica. (Repórter) O diagnóstico clínico é feito pela inspeção da pele em toda a superfície corporal, com uma avaliação da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato em áreas da pele ou lesões suspeitas e análise dos principais nervos periféricos superficiais dos braços e pernas, conferindo ao paciente um grau de incapacidade que varia de zero a dois em mãos, pés e olhos. O tratamento é feito com uma associação de medicamentos chamada poliquimioterapia, que são doados pela Fundação Novartis, distribuídos pela Organização Mundial da Saúde aos países endêmicos e disponibilizado gratuitamente no Brasil pelo SUS. O tratamento de hanseníase varia de 6 meses a 2 anos. A coordenadora do Departamento de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Sandra Durães, dá mais detalhes: (Sandra Durães) O tratamento com os antibióticos torna o paciente incapaz e transmitir a doença, ou seja, mata as bactérias, o paciente passa a ser não contagiante. Por outro lado, esse tratamento com antibióticos não tem a capacidade de reverter o dano neural. Quanto mais rapidamente o tratamento é instituído, menos sequelas o paciente vai ter. (Repórter) O microrganismo causador da hanseníase foi identificado somente em 1873, pelo norueguês Armauer Hansen, que deu origem ao nome da doença.

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