Inflação fecha em 4,52% em 2020
A inflação em 2020 ficou em 4,52%, acima da meta do governo de 4%. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a inflação do ano passado foi pressionada pelo auxílio emergencial, que deu mais poder de compra aos brasileiros. Já o senador Humberto Costa (PT-PE) destacou que a inflação atinge justamente os mais pobres. A reportagem é de Rodrigo Resende, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: A INFLAÇÃO NO BRASIL MEDIDA PELO IBGE FOI DE 4,52% EM 2020. A META DO GOVERNO ERA DE 4%.
LOC: PARA 2021, A META DO GOVERNO FEDERAL É DE 3,2% DE ACORDO COM A LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. REPÓRTER RODRIGO RESENDE
(Repórter) A inflação brasileira medida pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ficou em 4,52 por cento em 2020. A meta do governo era que o índice ficasse em 4 por cento. O ministro da economia, Paulo Guedes, explicou em sua última participação na Comissão que acompanhou as ações do governo contra a covid-19, que a inflação de 2020 está relacionada ao auxílio emergencial, que deu mais poder de compra a grande parte da população:
(Paulo Guedes) Se olharmos a inflação, ela ainda não é uma alta generalizada de preços, que tecnicamente a gente chama de inflação. Por enquanto, é um choque de oferta, porque foram aumentos de preços setoriais: foram em supermercados, quer dizer, comida, e material de construção. Aumentos setoriais e, por enquanto, transitórios.
(Repórter) Mas para o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, os aumentos prejudicam exatamente a parcela mais pobre da população:
(Humberto Costa) Entendemos que, do ponto de vista das consequências, elas são profundamente nefastas para a população brasileira, especialmente porque a inflação tem se concentrado mais fortemente na área dos alimentos, na área das bebidas e na área dos combustíveis, portanto, pesando violentamente para aqueles que são mais pobres.
(Repórter) A meta de inflação pretendida pelo governo para 2021 de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias é de 3,2 por cento.