Parlamento Amazônico é reinstalado para liderar o debate sobre a região
O Parlamento Amazônico foi reinstalado nesta segunda-feira (21). O Parlamaz é formado por parlamentares de oito países com territórios na Floresta Amazônica: Brasil, Bolívia, Colômbia, Peru, Venezuela, Suriname, Guiana e Equador. A intenção é que eles liderem o debate sobre a conservação da região, como explicou o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que foi eleito presidente do Parlamento internacional. A reportagem é de Marcella Cunha, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: O PARLAMENTO AMAZÔNICO FOI REINSTALADO NESTA SEGUNDA-FEIRA E SERÁ PRESIDIDO PELO SENADOR NELSINHO TRAD.
LOC: O “PARLAMAZ” REÚNE REPRESENTANTES DE OITO PAÍSES E PRETENDE FUNCIONAR COMO UM FÓRUM INDEPENDENTE PARA DISCUTIR A PRESERVAÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA
(Repórter) O Parlamento Amazônico foi criado em 1988, mas desde 2011 não tem atividades regulares. O Parlamaz é composto por parlamentares de oito países com territórios na floresta amazônica: Brasil, Bolívia, Colômbia, Peru, Venezuela, Suriname, Guiana e Equador. O objetivo da reativação é que eles possam liderar o debate sobre a conservação ambiental e o desenvolvimento da região, sem a interferência de governos. É o que reforçou o senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, eleito presidente do Parlamento por aclamação.
(Nelsinho Trad) Ninguém melhor do que os parlamentares de cada país que detém o território amazônico para poder formular uma narrativa independente de qualquer Governo, uma narrativa verdadeira, doar a que doer. Para que a gente possa passar par ao mundo internacional que nós estamos atentos a essa questão.
(Repórter) Também fazem parte do Parlamaz os senadores Paulo Rocha, do PT do Pará, Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, Telmário Mota, do PROS de Roraima, Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, além de quatro deputados federais. Plínio Valério reforçou que, assim como o Brasil, os demais países também sofrem cobranças em relação à Amazônia.
(Plínio Valério) É bom a gente conversar porque essa pressão toda sobre a Amazônia, essas distorções, as injustiças, as mentiras, os mitos, eu acho que a gente pode trabalhar muito isso no Parlamento em conjunto porque os outros países sofrem dos mesmos problemas que nós no Brasil.
(Repórter) Como o presidente eleito é brasileiro, cada um dos outros oito países deverá indicar em até 30 dias um vice-presidente para o Conselho Diretor. Em janeiro, será definido o plano de trabalho do Parlamento e a retomada da agenda ambiental, que deve incluir o fortalecimento da OCTA, a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica.