Ministro Edson Fachin suspende isenção de impostos para importação de armas — Rádio Senado
STF

Ministro Edson Fachin suspende isenção de impostos para importação de armas

O ministro do STF, Edson Fachin, suspendeu a medida que isentaria do imposto de importação a compra de armas. O ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou que o impacto da isenção do imposto de importação de armas devia chegar a R$ 200 milhões por ano. Ele foi questionado sobre o assunto pela senadora Zenaide Maia (PROS-RN) em reunião da Comissão do Congresso de Acompanhamento das medidas contra a Covid-19. As informações com o jornalista Rodrigo Resende, da Rádio Senado.

14/12/2020, 18h52 - ATUALIZADO EM 14/12/2020, 19h55
Duração de áudio: 01:54
Instrutor de armamento e tiro, Rodrigo C. Moreira, concede entrevista e fala sobre flexibilização do desarmamento.

A Frente Parlamentar da Segurança defende flexibilização do Estatuto do Desarmamento - Projetos de lei que tramitam atualmente no Senado propõem alterações no Estatuto do Desarmamento. A proposta defendida pelo senador Wilder Morais (PP-GO) é a própria revogação do Estatuto, por meio da convocação de um plebiscito, para substituição por uma nova lei que assegure o porte de armas de fogo a quaisquer cidadãos. A matéria aguarda relatório do senador Sérgio Petecão (PSD-AC) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues / Agência Senado / Arquivo

Transcrição
LOC: O MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, EDSON FACHIN, SUSPENDEU A MEDIDA QUE ISENTARIA DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO A COMPRA DE ARMAS. LOC: PAULO GUEDES, MINISTRO DA ECONOMIA, AFIRMOU QUE A RENÚNCIA SERIA ESTIMADA EM 200 MILHÕES DE REAIS POR ANO. MAIS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER RODRIGO RESENDE: TÉC: O ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, suspendeu a medida que isentou do imposto de importação a compra de armas. Para Fachin, a isenção “contribui para a composição dos preços das armas importadas” em detrimento da competitividade do produto nacional, além de ressaltar que “a segurança dos cidadãos deve primeiramente ser garantida pelo Estado e não pelos indivíduos”. A decisão do governo de isentar a importação de armas já havia sido criticada pela senadora Zenaide Maia, do PROS do Rio Grande do Norte, que perguntou a Paulo Guedes, durante reunião no Congresso, qual seria o impacto financeiro da medida. (Zenaide) – Por exemplo, o senhor disse que o Congresso não fez a reforma tributária. E o que é que o senhor me fala sobre a isenção – o País em uma crise dessa, com dificuldade de conseguir recursos – de impostos para importação de armas? E a segunda pergunta: o senhor já fez um levantamento de quanto o País vai deixar de arrecadar com essa isenção de armas? (REP) O ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou que a isenção de tarifas está sendo feita em diversas áreas e que seria pequeno o impacto do benefício para a importação de armas. (Paulo Guedes) aí, o Presidente fala assim: "Olha, gostaria que fosse reduzida essa tarifa." Não está violando nenhum cânone nosso, porque nós estamos baixando as tarifas em geral. Agora, que o momento se dá a interpretações infelizes... Sim. Você fala: "Pô, mas na hora em que estamos precisando de vacinas você está facilitando armas?". O efeito financeiro, em si, é muito baixo. Falo o número: R$200 milhões. (REP) Edson Fachin suspendeu a isenção a partir de ação movida pelo PSB. A medida valeria a partir de primeiro de janeiro de 2021. A decisão ainda deve ser analisada pelo plenário do STF. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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