Sem coligações partidárias, eleições municipais serão amostra para 2022 — Rádio Senado
Eleições 2020

Sem coligações partidárias, eleições municipais serão amostra para 2022

As eleições municipais marcadas para este domingo (15) serão as primeiras em que os candidatos não puderam formar coligações partidárias. O senador Alessandro Vieira (CIDADANIA-SE) avalia que a mudança vai levar a uma maior renovação política. Já o senador Humberto Costa (PT-PE) acredita que as novas regras vão fortalecer os partidos e o pleito será uma prévia do pleito geral de 2022 A reportagem é de Marcella Cunha.

12/11/2020, 13h35 - ATUALIZADO EM 12/11/2020, 13h35
Duração de áudio: 02:06
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Transcrição
LOC: A ELEIÇÃO MUNICIPAL NESTE DOMINGO SERÁ A PRIMEIRA SEM COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS. LOC: PARA SENADORES, O PLEITO SERÁ UMA AMOSTRA DA RENOVAÇÃO POLÍTICA NO PLEITO DE 2022. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA (Repórter) Essa é a primeira vez em que candidatos a vereador só podem participar das eleições em chapa única, concorrendo apenas pela própria legenda. O fim das coligações partidárias foi resultado da Reforma Eleitoral, aprovada em 2017. O objetivo é evitar o chamado ‘efeito Tiririca’, em que um candidato bem votado acaba elegendo outros da mesma chapa que receberam menos votos. Como resultado, o país registrou em 2020 um número recorde de candidatos para vereador, já que as legendas estão lançando mais nomes para aumentar as chances de voto. Para o senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, a mudança terá como consequência uma ampla renovação dos políticos no Brasil. (Alessandro Vieira) É uma eleição totalmente diferente, onde cada partido vai ter que correr atrás da quantidade de votos. Isso teve alguns efeitos já constatados como a multiplicação dos candidatos majoritários e proporcionais e uma renovação muito grande de nomes. A gente espera que a essa renovação chegue também na nas cadeiras do Legislativo. É muito importante que a gente possa ter cada vez mais gente diferente e independente ocupando seu espaço. (Repórter) O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, também acredita que as mudanças terão reflexo nas eleições gerais de 2022, quando serão escolhidos governadores, senadores e deputados, além do Presidente da República. (Humberto Costa) Essa eleição vai nos dar, de fato, uma amostra importante e vai levar, na minha avaliação, a um fortalecimento dos partidos políticos. Exatamente por conta do fim das coligações proporcionais. Houve uma preocupação de cada um dos partidos de procurar formar uma chapa mais forte. O partido é obrigado a falar do seu programa. E eu creio que isso vai ser uma previa importante do que vai acontecer no Congresso Nacional. (Repórter) Nestas eleições municipais serão eleitos mais de 58 mil vereadores proporcionais ao tamanho da população de cada cidade.

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