Quatro anos depois, famílias de vítimas da Chapecoense ainda esperam decisões da Justiça — Rádio Senado
Acidente

Quatro anos depois, famílias de vítimas da Chapecoense ainda esperam decisões da Justiça

Em 29 de novembro de 2016, o acidente com o avião da Chapecoense na Colômbia provocou a morte de 71 pessoas. Agora, quase quatro anos depois, a justiça do estado da Flórida, nos Estados Unidos, condenou as seguradoras envolvidas no caso a pagarem indenizações no valor de US$ 844 milhões, mais de R$ 4,5 bilhões, para uma parte das famílias das vítimas. Aqui no Brasil, ainda não há decisão, mas o Ministério Público Federal pediu US$ 300 milhões de dólares por danos morais e materiais para os parentes dos mortos. O relator da CPI que investiga o acidente, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), se reuniu nesta segunda-feira (9) com representantes das famílias. Os detalhes com o repórter Pedro Pincer, da Rádio Senado.

12/11/2020, 18h48 - ATUALIZADO EM 12/11/2020, 18h59
Duração de áudio: 02:34
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Transcrição
LOC: QUATRO ANOS DEPOIS, FAMÍLIAS DE VÍTIMAS DO ACIDENTE DA CHAPECOENSE AINDA ESPERAM DECISÕES DA JUSTIÇA LOC: QUEDA DO AVIÃO DA EMPRESA BOLIVIANA LAMIA MATOU 71 PESSOAS EM NOVEMBRO DE 2016. O REPÓRTER PEDRO PINCER TEM OS DETALHES: TÉC: O acidente com o avião da Chapecoense provocou a morte de 71 pessoas, em 29 de novembro de 2016, na Colômbia. Agora, quase quatro anos depois, a justiça do estado da Flórida, nos Estados Unidos, condenou as seguradoras envolvidas no caso a pagarem indenizações no valor de US$ 844 milhões de dólares, mais de R$ 4 bilhões e meio de reais, para uma parte das famílias das vítimas. Aqui no Brasil, ainda não há decisão, mas o Ministério Público Federal pediu US$ 300 milhões de dólares, equivalente a mais de R$ 1 bilhão e meio de reais, por danos morais e materiais para os parentes dos mortos. Os réus na ação são a empresa LaMia, a corretora Aon e as seguradoras Tokio Marine Kiln e Bisa Seguros, que estariam cientes da condição financeira e da dificuldade de operação da companhia aérea. Relator da CPI que investiga o acidente, Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, se reuniu nesta segunda feira com representantes das famílias. O senador, que espera um consenso sobre o valor das indenizações, fez um balanço dos trabalhos do colegiado, instalado em dezembro de 2019. (Izalci Lucas) No final a gente vai conseguir realmente sensibilizar a seguradora ou a resseguradora a indenizar, tanto é que lá nos Estados Unidos eles já perderam a ação e é obvio que a gente vai poder também aqui tomar como parâmetro a decisão americana. REP: Advogado de parte das famílias, Marcel Camilo, considerou uma grade vitória a decisão da justiça americana, mas alertou que ainda cabe recurso. Ele informou que nessa ação, estão por volta de 40 famílias e há um trabalho em curso para que todas as outras também sejam beneficiadas. Camilo diz ainda que o caso da Chapecoense pode fazer com que a legislação aérea seja alterada no Brasil (Marcel Camilo 29) Contemplando maior valor de seguro obrigatório, contemplando que em qualquer lugar do mundo que ocorra um acidente aéreo com um brasileiro a bordo, essas empresas possam ser acionadas no Brasil, independente da companhia aérea ser ou não ser brasileira, desde que tenha atividades no Brasil. Acho que esse é o maior ganho moral que as vítimas podiam ter, é uma alteração de lei para que nenhuma família mais passe pelas próprias circunstâncias que elas passaram. A CPI da Chapecoense tem Jorginho Mello, do PL de Santa Catarina, na presidência e Dário Berger, do MDB de Santa Catarina, como vice. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.

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