IFI prevê possibilidade alta de rompimento do teto dos gastos em 2021 — Rádio Senado
Economia

IFI prevê possibilidade alta de rompimento do teto dos gastos em 2021

Governo terá que cortar pelo menos R$ 20 bi no ano que vem para não estourar o teto dos gastos. A estimativa foi divulgada pela Instituição Fiscal Independente, que lembra que o teto será ignorado neste ano em virtude do estado de calamidade pública provocado pela pandemia da covid-19. A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado.

31/12/1969, 00h00 - ATUALIZADO EM 15/09/2020, 15h04
Duração de áudio: 01:38
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: GOVERNO TERÁ QUE CORTAR PELO MENOS VINTE BILHÕES DE REAIS NO ANO QUE VEM PARA NÃO ESTOURAR O TETO DOS GASTOS. LOC: A ESTIMATIVA FOI DIVULGADA PELA INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE, QUE LEMBRA QUE O TETO SERÁ IGNORADO NESTE ANO EM VIRTUDE DO ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA PROVOCADO PELA PANDEMIA DA COVID-19. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. (Repórter) A Instituição Fiscal Independente lembra que o orçamento já vinha sendo elaborado com as despesas próximas do limite constitucional. E o estado de calamidade pública provocado pelo novo coronavírus tornou inviável o teto, que foi suspenso para este ano. Apenas de janeiro a julho foram 273,4 bilhões de reais de gastos a mais em ações de mitigação dos efeitos da pandemia. Para 2021, a IFI vê um risco alto de rompimento do teto, como explicou o diretor-executivo, Felipe Salto. (Felipe Salto) Diferentemente do que o governo apresentou no PLOA, Projeto de Lei Orçamentária Anual do ano que vem, a IFI calcula despesas sujeitas ao teto de gastos superiores em mais de vinte bilhões a esse limite do teto constitucional, o teto. Então o corte necessário é dessa magnitude. (Repórter) Felipe Salto diz que o governo precisa sinalizar, claramente, como vai equacionar as despesas no ano que vem. (Felipe Salto) Isso representa um esforço significativo que pode levar um quadro limite tanto de risco de descumprimento do teto, como a gente já vem dizendo, quanto de “shutdown”, como é o termo em inglês, que é a paralisação eventual de serviços públicos essenciais. (Repórter) A IFI mantém a projeção de queda de seis e meio por cento na economia em 2020, mas retirou o viés de alta para esse número.

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