Lucro do Banco Central pode ser repassado para combate ao coronavírus
O lucro do Banco Central com operações cambiais pode ser repassado para o combate à pandemia do coronavírus. Três propostas em análise no Senado tratam do tema. Duas delas (PL 2435/2020 e PL 3672/2020) destinam as verbas que somam R$ 312 bilhões para ações tanto na saúde pública como no impacto econômico e social causado pela crise sanitária, além de socorrer estados e prefeituras. A terceira (PL 3712/2020) prevê que o dinheiro seja usado para estender o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 até 31 de dezembro. A reportagem é de Roberto Fragoso, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: O LUCRO DO BANCO CENTRAL COM OPERAÇÕES CAMBIAIS PODE SER REPASSADO PARA AÇÕES DE COMBATE À PANDEMIA DO CORONAVÍRUS.
LOC: É O QUE PREVEEM PROJETOS EM ANÁLISE NO SENADO, QUE PODEM ESTENDER O PAGAMENTO DE AUXÍLIOS ATÉ O FIM DO ANO, ENTRE OUTRAS MEDIDAS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
TÉC: Três propostas em análise no Senado repassam o saldo positivo das operações do Banco Central com reservas cambiais para o combate à pandemia do coronavírus. Paulo Rocha, do PT do Pará, é autor de duas dessas proposições. Uma delas prevê que o total acumulado de 312 bilhões de reais seja usado exclusivamente para ações emergenciais, tanto na saúde pública como no impacto econômico e social causado pela crise sanitária. Metade do total será destinado aos governos estaduais e prefeituras, e distribuído de acordo com os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Fundo de Participação dos Municípios, de acordo com o senador.
(Paulo Rocha) Recurso necessário para combater a pandemia e socorrer os nossos estados e municípios, porque lá é onde há o grande impacto da crise tanto econômica quanto social. E a segunda questão é criar condições pro SUS. Além disso, é fundamental quer esses recursos mantenham os empregos, mantenham o salário dos trabalhadores.
(Repórter) A outra proposta de Rocha também prevê a transferência dos recursos para a União, mas estipula como objetivo único a prorrogação do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim do ano, quando acabar o estado de calamidade pública. O terceiro projeto, de Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, sugere que enquanto durar a pandemia, a apuração do lucro do Banco Central seja mensal, e que até o dia 10 de cada mês o saldo seja transferido para o Tesouro.
(Rogério Carvalho) Bilhões de ganho financeiro que permitem ao País custear o auxílio emergencial, que era de R$200 e passou para R$600, que está virando um seguro de proteção à economia, e o resultado disso a gente está vendo: o impacto no aquecimento da economia.
(Repórter) Pela proposta de Carvalho, o dinheiro deveria ser aplicado em ações de Saúde, Seguridade Social, preservação da renda dos trabalhadores, ajuda para micro e pequenas empresas continuarem em operação, financiamento de pesquisas científicas voltadas à Covid-19, fortalecimento da indústria e socorro a estados e municípios em dificuldades. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.
PL 2.435/2020
PL 3.672/2020
PL 3.712/2020