Fala de Mourão sobre criação de nova CPMF repercute entre senadores — Rádio Senado
Economia

Fala de Mourão sobre criação de nova CPMF repercute entre senadores

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, defendeu, em entrevista ao portal UOL, a criação de um novo imposto, nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, a CPMF, desde que seja baixo e em troca de desoneração da folha de pagamentos. Para Mourão, a CPMF carrega uma conotação que chamou de "amaldiçoada" pelo que ocorreu na década de 1990 e 2000. O vice-presidente acredita, no entanto, que há chances de o novo imposto prosperar no Congresso desde que seja bem moldado. A ideia repercutiu ente os senadores, como informa o repórter Pedro Pincer.

16/07/2020, 17h45 - ATUALIZADO EM 16/07/2020, 18h16
Duração de áudio: 02:21
Sessão Deliberativa Remota (SDR) do Senado Federal realizada a partir da sala de controle da Secretaria de Tecnologia da Informação (Prodasen). 
 
Na pauta, sessão de debates temáticos, com comparecimento do vice-presidente da República, para tratar sobre a criação do Conselho Nacional da Amazônia Legal e prestar informações sobre o Plano de Combate ao Desmatamento na Amazônia, nos termos dos requerimentos nºs 94, de 2020 e 1.306, de 2020, aprovados pelo Plenário do Senado Federal.

Em pronunciamento, vice-presidente da República, Hamilton Mourão.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A IDEIA DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE RECRIAR UM IMPOSTO NOS MOLDES DA CPMF REPERCUTIU ENTRE OS SENADORES. LOC: HAMILTON MOURÃO DEFENDEU QUE O ASSUNTO SEJA DISCUTIDO DENTRO DA REFORMA TRIBUTÁRIA. REPÓRTER PEDRO PINCER: TÉC: (0716D04 - Pedro P – Randolfe Rodrigues/Márcio Bittar – Mourão CPMF T: 2’18”). O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, defendeu, em entrevista ao portal UOL, a criação de um novo imposto, nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, a CPMF, desde que seja baixo e em troca de desoneração da folha de pagamentos. Para Mourão, apesar de a CPMF carregar uma conotação que ele mesmo chamou de amaldiçoada pelo que ocorreu na década de 1990 e 2000, há chances de o novo imposto prosperar no Congresso desde que seja bem moldado. O imposto já foi citado por integrantes do governo em alguns momentos, desde que Jair Bolsonaro foi empossado, mas há grande resistência popular e do Parlamento para o seu retorno. Críticos argumentam que, enquanto a CPMF incide especialmente sobre os mais pobres, a desoneração da folha beneficia os empregadores. O líder da Oposição, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, disse que o Congresso não vai aprovar o que classificou de atentado contra a economia popular e destacou que não é hora para pensar na criação de novos impostos (Randolfe Rodrigues) Em um momento que os cidadãos estão ficando mais vulneráveis e mais pobres, em que microempresários estão fechando seus negócios, em que empresas, médias e grandes, estão atoladas em dívidas, aí o governo vem falar em criar novo tributo, em criar novo imposto? É o que nós menos precisamos no Brasil nesse instante. (REP): A ideia do governo é criar um imposto sobre transações eletrônicas para financiar o Renda Brasil, com alíquota de cerca de 0,2%, com duração de dois anos. Para o senador Marcio Bittar, do MDB do Acre, Mourão não é pessoa mais indicada para falar de tributos. (Marcio Bittar 22) Eu entendo que quem tem que falar de economia, quem tem bagagem para isso é o ministro Paulo Guedes. Então, com todo o respeito que ele me merece, eu só vou levar a sério sobre imposto, criar, recriar, se for do ministro Paulo Guedes (REP) O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já disse que a proposta não será aprovada no Congresso Nacional. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.

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