Senadores criticam segunda mudança no comando do Ministério da Saúde durante a pandemia
Senadores de diversos partidos criticaram a segunda mudança no comando do Ministério da Saúde durante a pandemia do coronavírus. Nelson Teich, que havia substituído Luiz Henrique Mandetta, ficou por 28 dias como ministro da Saúde. A reportagem é de Rodrigo Resende, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: DEPOIS DE 28 DIAS, NELSON TEICH PEDIU EXONERAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE.
LOC: SENADORES CRITICAM A CONDUÇÃO DA ÁREA PELO GOVERNO DE JAIR BOLSONARO DURANTE A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS. A REPORTAGEM É DE RODRIGO RESENDE:
TÉC: Senadores de diversos partidos criticaram uma nova mudança no comando do Ministério da Saúde durante a pandemia do novo coronavírus. Nelson Teich, que havia substituído Luiz Henrique Mandetta, ficou 28 dias no cargo. Foi o que ressaltou o senador Weverton, do PDT do Maranhão:
Weverton – Em plena pandemia, menos de um mês, dois ministros da saúde passaram pelo governo do presidente Bolsonaro.
(REP) Major Olímpio, do PSL de São Paulo, afirmou que Nelson Teich preservou a biografia:
Major Olímpio – Teich não quis rasgar seu diploma nem jogar fora sua história de vida. Ele ficou do lado da ciência e da medicina.
(REP) Para Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão, outro fator que pesou no pedido de exoneração de Teich foi a resistência de Jair Bolsonaro em não incentivar determinações da OMS: Eliziane – 8” – O ministro foi forçado a não fazer a defesa do isolamento social, principal recomendação hoje da Organização Mundial da Saúde
(REP) Jair Bolsonaro também foi criticado por Rogério Carvalho, do PT de Sergipe:
Rogério – Pela sua insistência, pelo seu negacionismo à ciência e aos métodos adequados para cuidar da vida e combater a pandemia
(REP) E Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, afirmou que o presidente quer na saúde alguém que siga suas ordens, mas não a ciência:
Alessandro – Ele quer uma pessoa que cumpra suas ordens sem pensar, mesmo rasgando a ciência, mesmo indo contra aquilo que a ciência determina.
(REP) Antônio Anastasia, do PSD de Minas Gerais, afirmou que o único foco neste momento deve ser salvar vidas e preservar a saúde das pessoas e que essa instabilidade é prejudicial ao país. Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, defendeu uma condução responsável e equilibrada em meio à pandemia. Fabiano Contarato, da Rede Sustentabilidade do Espírito Santo, afirmou que o Ministério da Saúde, sem se guiar pela ciência, não gozará de nenhuma credibilidade. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.