Senadores cobram manutenção da isolamento social e ministro da Saúde diz que medida depende dos governadores — Rádio Senado
Covid-19

Senadores cobram manutenção da isolamento social e ministro da Saúde diz que medida depende dos governadores

Senadores de diversos partidos defenderam a manutenção do isolamento social em videoconferência com o novo ministro da Saúde, Nelson Teich.  A autora do requerimento, senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), afirmou que a quarentena é o meio mais eficaz para evitar as contaminações e mortes. Teich respondeu que a flexibilização da quarentena depende da queda da curva de contágio e dos governadores. Outros senadores apontaram a falta de equipamentos essenciais, como respiradores, e criticaram a conduta do presidente Jair Bolsonaro. O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), negou insensibilidade de Bolsonaro e citou as ações já adotadas, como o pagamento do auxílio emergencial. As informações são da repórter Hérica Christian.

29/04/2020, 22h52 - ATUALIZADO EM 29/04/2020, 22h52
Duração de áudio: 04:10
Sessão Deliberativa (remota) da 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 56ª Legislatura. Ordem do dia. 

Sessão Remota para ouvir, por meio de videoconferência, o ministro da Saúde sobre providências adotadas para ajuda aos estados, Distrito Federal e municípios no combate à pandemia do coronavírus (covid-19).

A sessão é realizada na sala da Secretaria de Tecnologia da Informação (Prodasen), é conduzida pelo presidente da Casa e conta com contribuições dos senadores que estiverem participando remotamente.

Tela exibe ministro de Estado de Estado da Saúde, Nelson Teich, em videoconferência.

Foto: Leopoldo Silvao/Agência Senado
Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES COBRAM MANUTENÇÃO DO ISOLAMENTO SOCIAL PARA REDUZIR MORTES PELO CORONAVÍRUS E CRITICAM FALTA DE U T I E RESPIRADORES. LOC: MINISTRO DA SAÚDE DIZ QUE QUARENTENA DEPENDERÁ DOS GOVERNADORES E QUE GOVERNO ENFRENTA DIFICULDADES PARA COMPRAR RESPIRADORES E TESTES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: Atendendo a um pedido da senadora Rose de Freitas, do Podemos do Espírito Santo, o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, participou de uma videoconferência para esclarecer as ações de combate ao coronavírus. Diversos senadores cobraram a manutenção do isolamento social ao citarem que o Brasil já é o segundo país em número de mortes diárias, atrás apenas dos Estados Unidos. Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, declarou que diante da falta de UTIs e de respiradores, a maneira mais eficaz de reduzir os óbitos é a quarentena. (Tasso) No meio dessas incertezas, existe uma certeza. Qual é a certeza? Que o distanciamento social é a única maneira de impedir uma explosão de casos que nós não temos estrutura de serviço de saúde para sustentar. De um momento para cá, e pode coincidir ou não com o momento que vossa excelência assumiu o Ministério da Saúde, o distanciamento social caiu dramaticamente no país e ao mesmo tempo nós estamos agora no momento de início da explosão de casos. REP: Nelson Teich afirmou que não tem dados precisos para afirmar quando será o pico da doença no Brasil nem se há possibilidade de segunda contaminação por pacientes já acometidos pela doença. Ao se solidarizar com os familiares das vítimas fatais, ele negou o fim do isolamento, mas admitiu que o Ministério da Saúde poderá anunciar uma flexibilização da quarentena, que dependerá de cada governador. (Teich) Ficar em casa, vamos ter algumas situações dentro de uma política que está sendo desenhada em que ficar em casa será a melhor situação para algumas pessoas, não para todas. Isso vai ser detalhado. Idealmente, vamos trabalhar isso aí de forma mais específica. REP: Os senadores cobraram a compra de respiradores e de testes ao citarem as subnotificações. Eles também criticaram declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro de que não faz milagres ao comentar o recorde de mortes por coronavírus. Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, disse que o País espera que o ministro da Saúde tenha como base a ciência e não as ordens palacianas. (Alessandro) Vossa Excelência tem dois pacientes muito claros. Um deles é o Brasil, mas o seu segundo paciente é o que mais preocupa. É Jair Bolsonaro, nosso presidente. É necessário que vossa excelência como ministro da Saúde, como maior autoridade de saúde no Brasil, oriente o seu paciente Jair Bolsonaro no sentido daquilo que é necessário adotar como medida séria. Ao longo dessa crise, partindo de março e fevereiro, até ontem, o presidente tem acumulado declarações e ações altamente irresponsáveis. REP: O novo ministro da Saúde disse que não falta dinheiro para o combate ao coronavírus. Afirmou que o Brasil e os demais países enfrentam dificuldades no mercado internacional para comprar respiradores e máscaras. Nelson Teich não descartou incentivos para a produção nacional desses itens. O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco, negou falta de ação e de sensibilidade do presidente da República na crise do coronavírus. (Bezerra) O presidente da República tem viabilizado uma série de iniciativas para que o Brasil possa atravessar esse período crítico. O auxílio emergencial de mais de R$ 100 bilhões e ampliação do Bolsa-Família. Quero lembrar aqui a ajdua de mais de R$ 50 bilhões para trabalhadores de carteira assinada no sentido de que possam ter uma parte de seus proventos. Quero aqui destacar as prontas medidas adotadas pelo Banco Central e Ministério da Economia para oferecer crédito para empresas e pessoas físicas. REP: O novo ministro da Saúde descartou a volta às aulas nas próximas semanas. E reforçou que o governo está ajudando todos os estados, priorizando, no entanto, os que estão em situação mais crítica. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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