Dono da Lamia culpa controladora de voo por acidente com a Chapecoense — Rádio Senado
CPI da Chapecoense

Dono da Lamia culpa controladora de voo por acidente com a Chapecoense

O empresário Ricardo Albacete, dono do avião que caiu com o time de futebol da Chapecoense em 2016, culpou uma controladora de voo do aeroporto de Rionegro, na Colômbia, pelo desastre que matou 71 pessoas em novembro daquele ano. Fundador da companhia aérea LaMia, ele participou de audiência pública na CPI que acompanha a situação das vítimas e familiares do acidente. De acordo com Ricardo Albacete, mesmo após a tripulação da LaMia ter pedido prioridade para aterrissar por “problemas de combustível”, a controladora de voo Yaneth Molina deu preferência a outra aeronave. Mais informações com o repórter Pedro Pincer, da Rádio Senado.

12/03/2020, 19h52 - ATUALIZADO EM 12/03/2020, 19h52
Duração de áudio: 02:09
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a situação das vítimas e familiares do acidente da Chapecoense (CPICHAPE) realiza audiência pública interativa para ouvir o empresário venezuelano Ricardo Albacete, um dos sócios da LaMia, empresa que operava o voo da equipe catarinense. 

Mesa: 
presidente da CPICHAPE, senador Jorginho Mello (PL-SC); 
proprietário da aeronave e suposto sócio oculto da empresa LaMia, Ricardo Albacete.

Foto: Beto Barata/Agência Senado
Foto: Beto Barata/Agência Senado

Transcrição
LOC: DONO DA LAMIA CULPA CONTROLADORA DE VOO POR ACIDENTE COM A CHAPECOENSE. LOC: RICARDO ALBACETE DEPÔS NESTA QUINTA-FEIRA NA CPI QUE INVESTIGA A TRAGÉDIA COM O TIME CATARINENSE, QUE MATOU 71 PESSOAS EM 2016. AS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER PEDRO PINCER: TÉC: O empresário Ricardo Albacete, dono do avião que caiu com o time de futebol da Chapecoense em 2016, culpou uma controladora de voo do aeroporto de Rionegro, na Colômbia, pelo desastre que matou 71 pessoas em novembro daquele ano. Fundador da companhia aérea LaMia, ele participou de audiência pública na CPI que acompanha a situação das vítimas e familiares do acidente.De acordo com Ricardo Albacete, mesmo após a tripulação da LaMia ter pedido prioridade para aterrissar por “problemas de combustível”, a controladora de voo Yaneth Molina deu preferência a outra aeronave.Albacete reconhece que a aeronave tinha pouco combustível no momento do acidente, mas, segundo ele, a autonomia era suficiente para cumprir a distância entre Santa Cruz de la Sierra e Medellín. De acordo com ele, quando estava a 16 mil pés de altitude, o avião poderia chegar, passar por cima da pista e dar uma volta de reconhecimento de voo. Albacete culpou a controladora de voo Yaneth Molina, que teria mandado a aeronave seguir para as montanhas. O relator da CPI, senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, questionou sobre a apólice firmada entre a LaMia e a corretora AON, baseada na Inglaterra. Um contrato anterior, que previa prêmio de US$ 300 milhões, foi substituído por outro, no valor de US$ 25 milhões, insuficiente para arcar com as indenizações do acidente com o voo da Chapecoense. (Izalci) “Eu não tenho dúvida nenhuma que foi pra botar o avião para voar. Não tinha condição de pagar um valor maior e foi diminuindo com a concordância, evidentemente, ou até com a iniciativa do próprio corretor. A CPI ouviu ainda o empresário boliviano Marco Rocha Venegas, sócio da LaMia. Por meio de videoconferência, ele confirmou que as autoridades aeronáuticas de países da América Latina nunca questionaram a apólice de seguro apresentada pela companhia para voos na região. Da Rádio Senado, Pedro Pincer

Ao vivo
00:0000:00