Sócio da Yacows nega acusações de crimes digitais nas eleições 2018 — Rádio Senado
CPMI das Fake News

Sócio da Yacows nega acusações de crimes digitais nas eleições 2018

A CPMI das Fake News ouviu, nesta quarta-feira (19), o sócio-proprietário da empresa Yacows, Lindolfo Antônio Alves Neto. A empresa é suspeita de utilizar dados fraudulentos, como nomes e CPFs sem autorização, para registro em aplicativos de mensagens e possibilitar o disparo em massa de informações falsas. O empresário negou as acusações. Acompanhe a reportagem de Regina Pinheiro. 

19/02/2020, 19h07 - ATUALIZADO EM 19/02/2020, 19h41
Duração de áudio: 02:12
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: CPMI DAS FAKE NEWS OUVE O SÓCIO-PROPRIETÁRIO DA EMPRESA YACOWS (IÁCOUS) LOC: ELE PRESTOU ESCLARECIMENTOS SOBRE O USO FRAUDULENTO DE DADOS PARA REGISTRAR APLICATIVOS DE MENSAGENS. REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO. TÉC: De acordo com o Deputado Rui Falcão, do PT de São Paulo, autor do requerimento para a oitiva do sócio-proprietário da Yacows (Iácous), Lindolfo Antônio Alves Neto, a empresa de serviços de Marketing Digital é suspeita de utilizar dados fraudulentos, como nomes e CPFs, para efetuar registros em aplicativos e o disparo em massa de mensagens na campanha eleitoral de 2018. Durante depoimento, Lindolfo Alves negou que tenha utilizado CPFs sem autorização de idosos ou de pessoas mortas. Ele também afirmou que compra chips usados, que seriam descartados pelas operadoras, acionando os dispositivos sem necessitar de CPFs. Além disso, Lindolfo informou que não tem acesso ao conteúdo das mensagens divulgadas pela plataforma online da Yacows, a Bulk Services. O presidente da CPMI, Senador Angelo Coronel, do PSD da Bahia, demonstrou preocupação quanto à falta de controle em relação ao conteúdo das mensagens. (Angelo) ”Se alguém chegasse e mandasse divulgar um chip sobre incentivo à pedofilia, à prostituição, praticamente a sua empresa poderia fazer, já que ninguém faz um crivo pra saber o que que tava sendo divulgado. O senhor na verdade deixou subentender isso: que recebe o conteúdo, baixa um download, no outro aplicativo, manda as mensagens, não sabe de nada. Ou seja: não existe o controle, não existe crivo.” (Rep) Já, o Senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte mostrou preocupação quanto à associação do CPF do antigo proprietário a um chip de celular utilizado para disparos de mensagens. (Prates) ”A gente viu que você consegue acionar um chip sem associar um CPF. No entanto, quando você diz que compra, um chip usado, o que é que garante que aquele chip foi de fato dissociado de algum CPF que o utilizou anteriormente. Que ele fica vinculado a um CPF de uma pessoa que, inocentemente, tá envolvida num processo, eventualmente pode ser até acusada de falsidade ideológica”. (Rep) Lindolfo informou que a M4, empresa responsável pela campanha digital do então candidato Jair Bolsonaro, utilizou a plataforma Bulk Services para disparos de aproximadamente 900 mensagens em 2018. Ele ainda esclareceu que outros candidatos utilizaram os mesmos serviços de disparo, como Henrique Meirelles, Fernando Haddad e o Deputado Rui Falcão. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro

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