CDR debate planos para implementação de cidades inteligentes
Audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional debateu a elaboração da “Carta Brasileira para Cidades Inteligentes”, documento que visa orientar municípios e órgãos federais sobre como gerir a transformação digital, com o objetivo de promover o desenvolvimento urbano sustentável. Os ministérios do Desenvolvimento Regional e da Ciência e Tecnologia também apresentaram seus programas para o planejamento e implantação de cidades inteligentes no Brasil. As informações são da repórter Lara Kinue.
Transcrição
LOC: UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E TURISMO DEBATEU A IMPLANTAÇÃO DE CIDADES INTELIGENTES NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS.
LOC: A REUNIÃO TAMBÉM TRATOU DO PROJETO DE PARCERIA ENTRE BRASIL E ALEMANHA PARA AS CIDADES INTELIGENTES. A REPORTAGEM É DE LARA KINUE
TÉC: A Carta Brasileira sobre Cidades Inteligentes será elaborada com a participação integrada do governo, sociedade civil, setor privado e universidades, e terá como base as premissas da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano. O documento visa orientar municípios e órgãos federais sobre como gerir a transformação digital, com o objetivo de promover um desenvolvimento urbano sustentável. A representante do Ministério do Desenvolvimento Regional, Adriana Melo, explicou que a carta servirá de base para a criação de outras políticas públicas.
(Adriana Melo) Vai ser um documento Nacional de referência que vai ser base para as políticas públicas que advirão daí. Então de fato é um marco conceitual normativo e referencial que vem a orientar as iniciativas tanto do Poder Público Federal, quanto para as iniciativas municipais e estaduais, e também a orientar o setor privado em como induzir que se criem soluções que venham melhorar a vida do cidadão brasileiro.
(REP) O senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, reforçou a necessidade de que as políticas para as cidades inteligentes sejam elaboradas em âmbito nacional.
(Izalci Lucas) Não dá para cada um fazer do jeito que quer, muitas cidades já começando a desenvolver isso, mas de uma forma individual. Então a gente precisa ter integração dos entes federados, isso é fundamental. Eu acho que o projeto cidade inteligente tem que ter uma política nacional – e que não pode ser de governo – tem que ser uma política de Estado, porque não dá para começar e acabar e mudar tudo de novo de 4 em 4 anos.
(REP) A Comissão de Desenvolvimento Regional debateu ainda a proposta de parceria entre o Brasil e a Alemanha para o planejamento das cidades inteligentes. Representante da Agência Alemã de Cooperação Internacional GIZ, Sarah Habersack, falou sobre o acordo bilateral entre os países para a promoção do desenvolvimento urbano.
(Sarah Habersack) Obviamente os contextos são bem diferentes e a ideia dessa cooperação nunca foi de copiar as ideias e as políticas alemães para o contexto do Brasil porque isso não é possível. O nosso papel é de trazer essa experiência e facilitar a aprendizagem mútua.
(REP) Além da publicação da Carta Brasileira para Cidades Inteligentes, estão entre os próximos passos a avaliação das cidades brasileiras de acordo com o Modelo de Maturidade e a criação do Plano Nacional das Cidades Inteligentes. Com supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Lara Kinue.