Cães, gatos e aves apreendidos não poderão ser sacrificados — Rádio Senado
Projeto

Cães, gatos e aves apreendidos não poderão ser sacrificados

O Senado aprovou uma proposta (PLC 17/2017) que proíbe o abate de cães, gatos e aves apreendidos e colocados em instituições públicas como canis. Para o senador Telmário Mota (PROS-RR), o projeto disciplina a atuação dos fiscais e evita a morte de animais que escaparam de seus cuidadores. A reportagem é de Rodrigo Resende, da Rádio Senado.

13/12/2019, 11h35 - ATUALIZADO EM 13/12/2019, 11h35
Duração de áudio: 01:53
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Transcrição
LOC: CÃES, GATOS E AVES QUE FOREM APREENDIDOS PELA ZOONOSES OU PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NÃO PODERÃO SER SACRIFICADOS. LOC: UM PROJETO COM ESSE OBJETIVO FOI APROVADO PELO SENADO E SEGUE PARA ANÁLISE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. A REPORTAGEM É DE RODRIGO RESENDE: (Repórter) Instituições públicas como canis que recebam animais recolhidos por órgãos de zoonoses ou da vigilância sanitária não poderão abater cães, gatos e aves. Projeto com esse objetivo, do deputado federal Ricardo Izar, do PSD de São Paulo, foi aprovado pelo plenário do Senado. O relator da proposta na Comissão de Assuntos Sociais, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, afirmou que devem ser desenvolvidas formas mais dignas de tratamento aos animais apreendidos: (Randolfe Rodrigues) Objetiva que os entes federados adotem um controle mais refinado de cães e gatos sem dono, estruturando seu serviço de saúde, vigilância sanitária e controle de zoonoses para adotar práticas menos brutais de manejo populacional. (Repórter) O senador Telmário Mota, do Pros de Roraima, afirmou que a medida evita, por exemplo, execuções de animais que escaparam da casa de seus cuidadores: (Telmário Mota) O projeto é um projeto muito bom porque ele evita os exageros principalmente pelo setor de zoonoses. Às vezes um animal de alta estimação, de boa genética escapa de uma casa e aí o cara da zoonose já pega, já laça e já executa. É um absurdo. (Repórter) Telmário apresentou uma emenda para acrescentar as aves à lista dos animais que não poderão ser abatidos. De acordo com o senador, muitos fiscais confundem criadouros de determinadas espécies com rinhas e acabam sacrificando as aves inutilmente: (Telmário Mota) Os fiscais chegam desorientados, chegam em um criatório e confundem criatório com rinha, essas coisas todas, Sabe dali para onde vai? Matar! Eles vão em nome da proteção e mata. Tem que obedecer a lei. O que a lei determina? Soltar no seu habitat. Aí sim. Essa é a regra. (Repórter) A proposta prevê que os animais só poderão ser sacrificados em caso de doenças graves ou infectocontagiosas incuráveis que coloquem em risco a saúde humana e a de outros animais. O projeto volta para análise da Câmara dos Deputados.

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