Reforma da Previdência é promulgada e novas regras já entram em vigor
Promulgada a Reforma da Previdência, as novas regras de aposentadoria já entram em vigor, com exceção do aumento da cobrança previdenciária de quem recebe acima do teto do INSS, que começará a valer em 90 dias. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), destacou que a reforma foi necessária para garantir as aposentadorias futuras. A oposição não compareceu à promulgação, segundo Paulo Paim (PT-RS), em protesto contra o que chamou de retirada de direitos. Já o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que a Previdência é apenas uma das reformas necessárias. As informações são da repórter da Rádio Senado, Hérica Christian.

Transcrição
LOC: REFORMA DA PREVIDÊNCIA É PROMULGADA E NOVAS REGRAS JÁ ENTRAM EM VIGOR.
LOC: EM PROTESTO CONTRA O QUE CHAMOU DE PERDA DE DIREITOS, A OPOSIÇÃO NÃO COMPARECE À SESSÃO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN
(Repórter) Com a promulgação da Reforma da Previdência, já entra em vigor a maior parte das novas regras de aposentadoria. Entre elas estão o aumento da idade mínima e do tempo de contribuição e a redução do valor do benefício e das pensões. Já a elevação da alíquota previdenciária para quem ganha acima do teto do INSS valerá em 90 dias, assim como o aumento da CSLL dos bancos e supressão das regras de transição. Ao citar o rombo da Previdência de R$ 290 bilhões no ano passado, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do Democratas do Amapá, declarou que a Reforma da Previdência era necessária para garantir o pagamento de todas as aposentadorias. Ele ressaltou que os senadores decidiram incluir estados e municípios no ajuste por meio da PEC Paralela.
(Davi Alcolumbre) Quando nós votamos o texto principal da PEC 6 e quando o Senado definiu constituir uma PEC paralela para a inclusão de estados e municípios é porque o Senado Federal, como casa da Federação, tem a consciência das suas obrigações com todos os municípios brasileiros e os estados. A gente precisava fazer um ajuste nas contas da União, mas fazer também nas contas dos estados e dos municípios.
(Repórter) Sob o argumento da retirada de direitos, a oposição não compareceu à promulgação da Reforma da Previdência. O senador Paulo Paim, do PT gaúcho, questionou o déficit ao destacar a isenção previdenciária do novo programa do governo de contratação de jovens.
(Paulo Paim) O governo com esse pacote que ele baixou agora, ele diminuiu em 32% a contribuição do empregador paga à União, só da Previdência ele tirou 20% nesses casos que ele fala para gerar emprego. Então, mais do que nunca o próprio governo hoje já reconheceu que a Previdência não é deficitária.
(Repórter) Já o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco, admitiu que a Reforma da Previdência sozinha não vai resolver o problema da economia. Por isso, apelou pela aprovação de outras propostas.
(Fernando Bezerra Coelho) É um primeiro passo para que a gente possa devolver ao Brasil a sua trajetória de crescimento, de geração de emprego. É importante dar sequência às outras reformas. Destaco a Reforma do Pacto Federativo, a Reforma Administrativa e Reforma Tributária.
(Repórter) Em relação à proposta do governo, o Congresso Nacional retirou mudanças na aposentadoria rural, no pagamento do Benefício de Prestação Continuada e do abono salarial e ainda manteve o salário mínimo como piso do INSS.
EC 103