CPMI das Fake News ouvirá representantes do Whatsapp, do Telegram e do Facebook
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre Fake News vai ouvir representantes de empresas como o Whatsapp, Telegram, Facebook, Instagram e Google. A deputada Luizianne Lins (PT-CE) defende que ouvir as empresas é o primeiro passo para entender a magnitude das fake news no país. Para o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), a CPMI não tem fato determinado e a vinda de representantes das empresas é uma desculpa para se arranjar algo que possa ser investigado. A reportagem é de Rodrigo Resende.
Transcrição
LOC: OS PRIMEIROS REQUERIMENTOS APROVADOS NA CPMI DAS FAKE NEWS SÃO DE CONVOCAÇÃO A REPRESENTANTES DE EMPRESAS COMO WHATSAPP, TELEGRAM, FACEBOOK, TWITTER E INSTAGRAM.
LOC: TAMBÉM SERÁ CONVIDADO PARA FALAR À CPMI UM REPRESENTANTE DO SITE “THE INTERCEPT” E A PROFESSORA DA UNIVERISIDADE FEDERAL DO CEARÁ LOLA ARONOVICH. A REPORTAGEM É DE RODRIGO RESENDE:
TÉC: Representantes do Google, Facebook, Instagram, Telegram, Twitter, Whatsapp e Youtube serão os primeiros ouvidos pelos parlamentares da CPMI das Fake News. Deputados e Senadores da CPMI aprovaram os requerimentos de convocação e convites à essas empresas apresentados pela deputada Luizianne Lins, do PT do Ceará:
(Luizianne): Quem primeiro tem que falar são exatamente os meios nos quais são transmitidas as supostas Fake News. Porque elas podem ser de atitude individual das pessoas mas como a gente aprende no jornalismo, são os meios que divulgam. Então hoje os meios principais são Whatsapp, Facebook, Instagram, Youtube, o Telegram.
(REP) Contra os requerimentos, o senador Flávio Bolsonaro, do PSL do Rio de Janeiro, afirmou que a CPMI não apresenta fato determinado e que a convocação das empresas de comunicação é uma tentativa de criar um motivo para a existência do colegiado:
(Flávio): Qual o fato determinado? Não existe! Na verdade o que está claramente visto aqui por qualquer um é que vão trazer aqueles que instrumentalizam as redes sociais ou os meio de conversa privado pra começar a buscar um fato determinado, se é que ele existe, e não está configurado aqui.
(REP) Durante a reunião, a deputada Lídice da Mata, do PSB da Bahia, relatora da CPMI, apresentou seu plano de trabalho. Ela sugeriu audiências públicas, visitas externas e a criação de sub-relatorias para temas específicos como o cyberbullying e a privacidade dos dados. Para Lídice o foco deve estar no combate às Fake News que ameaçam o sistema democrático brasileiro:
(Lídice): A Fake News e a ameaça à democracia no Brasil. A democracia é um valor, um valor que está colocado na constituição brasileira, foi uma opção do provo brasileiro na constituição de 88 optar pela democracia.
(REP) Também foram aprovadas as vindas à comissão de um representante do site The Intercept e de Lola Aronovich, professora da Universidade Federal do Ceará que já foi alvo de ameaças nas redes sociais. As datas das audiências ainda serão definidas. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.