Ao aprovar embaixadores para Jordânia e Egito, senadores esperam estabilidade nas relações com Brasil — Rádio Senado
Relações Exteriores

Ao aprovar embaixadores para Jordânia e Egito, senadores esperam estabilidade nas relações com Brasil

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE) aprovou a indicação de novos embaixadores brasileiros na Jordânia e no Egito. Os senadores destacaram que os dois indicados têm a missão de estabilizar a relação do Brasil com os países árabes após a crise diplomática envolvendo a possível transferência da embaixada de Israel de Tel Aviv para Jerusalém pelo governo Bolsonaro. Ouça mais detalhes no áudio do repórter da Rádio Senado, José Ovedeza.

12/06/2019, 13h14 - ATUALIZADO EM 12/06/2019, 14h40
Duração de áudio: 02:07
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza sabatina de embaixadores indicados para Jordânia e Egito. 

Mesa:
senador Esperidião Amin (PP-SC);
indicado para exercer o cargo de embaixador do Brasil junto ao Reino Haxemita da Jordânia, Ruy Pacheco de Azevedo Amaral;
presidente eventual da CRE, senadora Soraya Thronicke (PSL-MS); 
indicado para exercer o cargo de embaixador do Brasil junto à República Árabe do Egito, Antônio de Aguiar Patriota.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES APROVOU A INDICAÇÃO DE NOVOS EMBAIXADORES PARA A JORDÂNIA E PARA O EGITO. LOC: OS SENADORES DESTACARAM A IMPORTÂNCIA DA CONTINUIDADE RELAÇÕES COMERCIAIS COM OS DOIS PAÍSES. REPORTAGEM DE JOSÉ ODEVEZA. (Repórter) A Comissão de Relações Exteriores aprovou a indicação de Ruy Amaral para a Embaixada do Brasil na Jordânia e de Antônio Patriota para a do Cairo, no Egito. Os dois países fazem parte da Liga Árabe, bloco econômico que, no início do ano, ameaçou suspender a compra de carne nacional caso o presidente Jair Bolsonaro transferisse a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém. O movimento foi considerado uma forte mudança na política externa nacional, já que o Brasil apoia uma solução do conflito entre Israel e a Palestina. Diante da pressão, Bolsonaro se limitou a abrir um escritório comercial em Jerusalém. O senador Antônio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, questionou se o impasse diplomático já foi superado. (Antonio Anastasia) E a questão fundamental, e me parece mais relevante nesse momento, porque apesar de todos os desdobramentos, é aquilo que hoje preocupa, inclusive, setores econômicos muito importantes do Brasil, que é a questão um pouco delicada da anunciada transferência eventual, agora já revertida, ao meu juízo felizmente, o escritório econômico da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, o que carrega todo um simbolismo no chifre da África numa situação ainda muito delicada e complexa. (Repórter) O senador Zequinha Marinho, do PSC do Pará, pediu o fim das perseguições aos cristãos na região. (Zequinha Marinho) E que a gente olhasse com “bons olhos” essa relação entre o nosso país e as condições que se trabalham ali a missão cristã, principalmente na Jordânia. A Jordânia, há alguns anos atrás, teve uma série de perseguições aos cristãos e aos missionários. (Repórter) O embaixador Antônio Patriota disse que a o acordo entre o Brasil e Egito pelo Mercosul é um reforço às relações comerciais. (Antônio Patriota) A entrada em vigor do Mercosul e Egito, feito em 2017, abre perspectivas especialmente promissoras, inclusive para uma diversificação das nossas exportações. Já se observa uma certa diversificação em termos de produtos que eram muito concentrados na área alimentícia para também manufaturados. (Repórter) A Comissão também aprovou a realização de duas audiências públicas. Uma delas vai discutir o desenvolvimento da América Latina.

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