Obrigatoriedade de fornecimento de medicamentos de alto custo pelo SUS é debatida na CAS — Rádio Senado
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Obrigatoriedade de fornecimento de medicamentos de alto custo pelo SUS é debatida na CAS

Audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais debateu a obrigatoriedade de fornecimento pelo poder público de medicamentos de alto custo utilizados por pessoas com doenças raras. O assunto deve ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal, STF, na quarta-feira (22), para a definição de critérios de atuação do judiciário nos processos de liberação dos remédios pelo SUS.

21/05/2019, 18h19 - ATUALIZADO EM 21/05/2019, 19h32
Duração de áudio: 02:03
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realiza audiência pública para debater obrigatoriedade da oferta de medicamentos de alto custo pelo SUS. Foram convidados, entre outros, representantes do Ministério da Saúde, dos Defensores Públicos e de associações de doenças raras.

Mesa:
presidente da Associação Nacional de Defensoras e Defensores Públicos, Pedro Paulo Coelho;
vice-presidente da Associação Brasileira de Paramiloidose, Silvia Regina Fernandes Matheus;
secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna Araújo; 
presidente da CAS, senador Romário (Pode-RJ); 
presidente da Associação Carioca de Assistência à Mucoviscidose, Cristiano Silveira;
presidente da Aliança Distrofia Brasil, Karina Zuge;
procuradora da República no Distrito Federal, Luciana Loureiro Oliveira.

Tradutora/intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: COMISSÃO DEBATE OBRIGATORIEDADE DE FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS DE ALTO CUSTO PELO PODER PÚBLICO. LOC: STF DEVE DECIDIR NESTA QUARTA-FEIRA SOBRE OS CRITÉRIOS PARA OFERTA DESSES REMÉDIOS NO SUS. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. TÉC: A falta do medicamento leva a sequelas graves e irreversíveis, isso leva aos pacientes desgaste físico e emocional, o desemprego, a invalidez e às vezes até morte e suicídio. Nós temos pressa, a doença não espera. Esse é o apelo da vice-presidente da Associação Brasileira de Paramiloidose, Sílvia Regina Fernandes Matheus, que é mãe de um paciente com esse tipo de doença rara, degenerativa, progressiva e incapacitante que ataca o sistema nervoso central, coração, olhos, rins e trato gastro-intestinal. A obrigatoriedade do fornecimento pelo SUS de medicamentos de alto custo utilizados por pessoas com doenças raras foi discutida audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais. O tema deve ser analisado no Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira para a definição de critérios de atuação do poder judiciário nos processos de liberação dos remédios pelo Sistema Único de Saúde. Segundo o presidente da CAS, senador Romário, do Podemos do Rio de Janeiro, os ministros do STF devem ter em mente o poder da decisão que têm nas mãos. (ROMÁRIO) Eu tenho apenas uma pergunta a fazer para os nossos ministros do STF, a pergunta é se eles tem realmente consciência e certeza de que amanhã eles podem dar sobrevida a muitas pessoas ou podem matar muitas outras? O Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna Araújo, explica que é preciso uma ação coordenada de todos os envolvidos no processo para resolver o problema. (DENIZAR) Nós temos que dar acesso, aumentar acesso da população a esses tratamentos de maneira sustentável e temos responsabilidade com o sistema único de saúde, mas isso exige uma ação coordenada de todos, nós precisamos da indústria farmacêutica e tentar reduzir preço pra aumentar o acesso da população, precisamos das organizações de pacientes e é exatamente o que estamos fazendo, estamos chamando para elaboração de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, porque a máquina brasileira é emperrada.De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, atualmente existem 15 milhões de brasileiros com doenças raras e dependentes de remédios de alto custo. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

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