Senado aprova projeto que vai simplificar o georreferenciamento de propriedades rurais — Rádio Senado
Plenário

Senado aprova projeto que vai simplificar o georreferenciamento de propriedades rurais

Segue para a sanção presidencial o projeto que dispensa a carta de anuência no processo de georreferenciamento de imóveis rurais, que é a medição da terra. O titular da propriedade não precisa mais das assinaturas dos vizinhos porque valerá a declaração de que respeitou os limites e as confrontações do terreno. Segundo o autor, senador Irajá (PSD-TO), os donos de fazendas ou sítios continuam com a obrigação de apresentar toda a documentação exigida para o georreferenciamento. O relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), explicou que sem o georreferenciamento os produtores agrícolas ficam impedidos de vender a propriedade ou pegar empréstimos, por exemplo. Ele negou que o projeto possa facilitar a grilagem de terra. 

08/05/2019, 21h56 - ATUALIZADO EM 08/05/2019, 21h56
Duração de áudio: 02:02
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. Ordem do dia.

Em pronunciamento, à bancada, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Mesa:
senador Jayme Campos (DEM-MT);
senador Jorginho Mello (PR-SC);
senador Marcos Rogério (DEM-RO);
presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: PLENÁRIO DO SENADO APROVA PROJETO QUE VAI SIMPLIFICAR O GEORREFERENCIAMENTO DE PROPRIEDADES RURAIS, QUE DEFINE OS LIMITES E O TAMANHO DO TERRENO. LOC: PELA PROPOSTA, OS TITULARES DA TERRA NÃO PRECISAM MAIS DA ASSINATURA DOS VIZINHOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) O projeto aprovado dispensa a carta de anuência no processo de georreferenciamento de imóveis rurais, que é a medição da terra. Nesse caso, o titular da propriedade não precisa mais das assinaturas dos vizinhos porque será reconhecida pelo cartório a declaração do próprio requerente de que respeitou os limites e as confrontações do terreno. Segundo o autor, senador Irajá, do PSD do Tocantins, os donos de fazendas ou sítios continuam com a obrigação de apresentar toda a documentação exigida para o georreferenciamento. (Irajá) Ele apenas simplifica, desburocratiza, sem perder a segurança jurídica porque todo procedimento passa absolutamente por toda uma checagem. Tem a assinatura do profissional competente que faz o processo, toda a peça técnica. Tem os marcos que estão definindo as divisas lá na propriedade, a cerca. Você tem tecnologia do georreferenciamento que confere precisão absoluta, total e tem o próprio Inca, que é o órgão competente e responsável por conferir tudo isso que foi realizado. Ou seja, dá transparência, segurança jurídica. (Repórter) O relator, senador Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, explicou que sem o georreferenciamento os produtores agrícolas ficam impedidos de vender a propriedade ou pegar empréstimos, por exemplo. Ele negou que o projeto possa facilitar a grilagem de terra. (Antonio Anastasia) Não, ao contrário, porque evidentemente se houver, porventura, uma dúvida, isso imediatamente será levado ao próprio cartório ou à Justiça. Porque essa grilagem decorre quando alguém oculta a terra de outrem. Se alguém for invadido não será pela questão do georreferenciamento, que é uma questão física. Então, nos parece que esse temor não existe razão desse projeto. (Repórter) Ao se manifestarem pela aprovação, diversos senadores destacaram que a proposta vai beneficiar mais de 15 milhões de produtores por resolver brigas de décadas quanto às medições imprecisas das propriedades. Aprovado pelo Senado, o projeto segue para a sanção presidencial. PLC 120/2017

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