Projeto pauta feminina debate a participação das mulheres na política — Rádio Senado
Mulher

Projeto pauta feminina debate a participação das mulheres na política

14/03/2019, 20h12 - ATUALIZADO EM 14/03/2019, 20h12
Duração de áudio: 02:14
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC:. O PROJETO PAUTA FEMININA DEBATEU A PARTICIPAÇÃO IGUALITÁRIA DAS MULHERES NA POLÍTICA NUMA AÇÃO EM HOMENAGEM AO DIA DA MULHER. LOC: O PAUTA FEMININA REÚNE A SECRETARIA DA MULHER DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E A PROCURADORIA DA MULHER DO SENADO. REPORTAGEM DE MARIA FERREIRA. (Repórter) Igualdade de direitos, violência política e a participação feminina no meio político. Essas foram algumas das reivindicações feitas durante o encontro do projeto Pauta Feminina, que aconteceu na Câmara dos Deputados, no último dia 13. A cientista política e professora da Universidade de Brasília, Flávia Biroli, criticou o modo como se criam normas no país, que, segundo ela, exclui as mulheres e compromete a democracia. (Flávia Biroli) Como é que nós podemos, por exemplo, considerar legítimas normas relativas à violência contra as mulheres, sem a participação de mulheres no debate sobre como elas podem ser efetivas, ou sem a participação das mulheres num diagnóstico do que é essa violência. (Repórter) A integrante do grupo Mulheres do Brasil, Ana Carolina Caputo, lembrou que o poder judiciário é um meio possível para requerer o direito a espaços na política. (Ana Carolina Caputo) O poder judiciário é um poder que ele tem por excelência, por função precípua, garantir direitos. Então se vocês acreditam que isso é um direito, como eu acho que a maioria dos brasileiros acreditam, busquem mais o poder judiciário pra que ele possa, não pra sempre, o ideal é que o Congresso consiga por si só vencer essas barreiras e implementar leis afirmativas de uma maneira mais fácil. Mas busquem mais esse apoio do poder judiciário, porque ele não pode se omitir, em relação a violação e implementação de direitos. (Repórter) A deputada federal Fernanda Melchionna, do PSOL do Rio Grande do Sul, também defendeu o movimento feminista e as lutas das mulheres. (Fernanda Melchionna) Nós não lutamos pra que os homens ganhem 30% a menos que nós. Nós não lutamos pra que os homens sejam vítimas de violência doméstica. Nós não lutamos pra que os homens passem por assédio sexual desde a adolescência até a vida adulta. Nós lutamos por igualdade, nós lutamos por respeito, nós lutamos pra ter a nossa dignidade e a nossa maioria numérica também nos espaços de participação, nos espaços de poder, nos espaços de deliberação. (Repórter) As mulheres que participaram do debate também incentivaram a sororidade, isto é, a união entre mulheres, bem como o estímulo para que outras mulheres também se interessem, participem e façam política.

Ao vivo
00:0000:00