Pensão por morte para filhas de militares é questionada em comissão — Rádio Senado
Reforma da Previdência

Pensão por morte para filhas de militares é questionada em comissão

A pensão por morte vitalícia para filhas de militares foi criticada em debate sobre a reforma da Previdência, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). O senador Styvenson Valentim (PODE-RN), que é militar, defendeu o combate a todos os privilégios. Na audiência, também foi objeto de críticas o chamado “gatilho”, que vincula o aumento da idade mínima ao aumento da expectativa de vida da população.
25/02/2019, 17h25 - ATUALIZADO EM 25/02/2019, 17h57
Duração de áudio: 01:36
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A PENSÃO POR MORTE VITALÍCIA PARA FILHAS DE MILITARES FOI CRITICADA DURANTE DEBATE SOBRE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS. LOC: NA AUDIÊNCIA, TAMBÉM FOI OBJETO DE CRÍTICAS O CHAMADO “GATILHO”, QUE VINCULA O AUMENTO DA IDADE MÍNIMA AO AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA DA POPULAÇÃO. REPÓRTER MARCELA DINIZ. TÉC: O chamado “gatilho”, previsto na PEC da Reforma da Previdência, vincula o aumento da idade mínima de aposentadoria ao aumento da expectativa de vida da população. Em debate na Comissão de Direitos Humanos, o presidente do Instituto de Estudos Previdenciários, Roberto de Carvalho Santos, disse que essa mudança vai desestimular a contribuição dos jovens trabalhadores, já que a cada quatro anos, em média, há um aumento na longevidade da população. O presidente do IEPREV também questionou o discurso de combate a privilégios do governo e citou o exemplo dos militares que, por enquanto, estão fora da Reforma: (Roberto de Carvalho) A gente ainda tem a possibilidade de gerar pensão por morte vitalícia para filhas, inclusive, casadas. Se ele optou, antes de 2001, por pagar 1,5% a mais de contribuição previdenciária, ele pode gerar pensão por morte. 1,5 pago durante 60 anos, sabe quanto é suficiente para custear essa pensão da filha? Durante 12 meses, tão somente. Então, tem que ajustar? Tem que ajustar, sem dúvida, mas tem que começar por situações como essa. (Repórter) O senador Styvenson Valentim, do Podemos do Rio Grande do Norte, que é militar, defendeu que os privilégios sejam combatidos, onde estiverem: (Styvenson Valentim) Queria deixar claro: não é pelo fato de eu ser militar que eu também queira privilégios para a minha classe militar. Eu quero justiça, igualdade, que todos passem por esse processo. Minha função como senador não é dar privilégio a uma classe, um partido ou a uma pessoa. Então, queria deixar isso bem claro. (Repórter) O senador Paulo Paim, do PT gaúcho, presidente da CDH, sugeriu que as situações das Forças Armadas e de outras categorias da segurança pública sejam tema de um debate à parte. Da Rádio Senado, Marcela Diniz

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