Forma de votação para a presidência do Senado divide parlamentares — Rádio Senado
Aberto ou fechado?

Forma de votação para a presidência do Senado divide parlamentares

A forma de votação nas eleições que vai definir o comando do Senado pelos próximos dois anos ainda divide as opiniões dos parlamentares. Enquanto alguns defendem a votação aberta, como Lasier Martins (PDT-RS), para quem o eleitorado brasileiro tem direito de saber quem vota em quem, outros opinam que deve ser fechada, como previsto no Regimento Interno. Esta é a posição do MDB, o que levou a atual líder do partido, senadora Simone Tebet (MS), a deixar o cargo por discordar da decisão.
30/01/2019, 12h54 - ATUALIZADO EM 30/01/2019, 14h10
Duração de áudio: 01:48
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: POR CAUSA DAS DIVERGÊNCIAS SOBRE O VOTO ABERTO OU FECHADO NAS ELEIÇÕES DO COMANDO DO SENADO, A SENADORA SIMONE TEBET DEIXOU A LIDERANÇA DO MDB. LOC: A FORMA DA VOTAÇÃO DIVIDE OPINIÕES DE SENADORES E DEVE SER BASTANTE DEBATIDA NA PRÓXIMA SEXTA, QUANDO SERÁ ESCOLHIDO O NOVO PRESIDENTE DA CASA. REPÓRTER PAULA GROBA. (Téc): O artigo 60 do regimento interno do Senado assegura que a eleição para o comando da Casa deve ser secreta. Entre os senadores, as divergências ocorrem até mesmo dentro de partidos. É o caso do MDB que decidiu defender o voto secreto, o que desagradou a senadora Simone Tebet, de Mato Groso do Sul. (Simone Tebet) Eu sou candidata dentro da bancada, pra ganhar, ou pra perder. Mas abri mão da liderança porque há algumas questões lá dentro da bancada que eu não concordo. Entre elas, há uma maioria que acha que tem que votar fechado, que a votação tem que ser fechada, eu num processo de democracia entendo não tenho problema de externar o meu voto e declarar o meu voto aberto. (Repórter) Assim como Simone Tebet, outros pré-candidatos à presidência do Senado são favoráveis ao voto aberto. Tanto o PSD, que pode lançar a candidatura do senador baiano Ângelo Coronel, quanto o senador Major Olimpio, do PSL de São Paulo são contra o voto secreto. Já o autor do questionamento feito ao Supremo Tribunal Federal sobre a votação fechada no Senado, o senador Lasier Martins, do PDT do Rio Grande do Sul, afirma que o voto secreto para eleição do comando da Casa está previsto apenas no Regimento Interno. (Lasier Martins) O eleitorado brasileiro tem direito de saber quem vota em quem e não há nenhuma proibição porque a Constituição Brasileira prevê todas as hipóteses em que deve ocorrer o voto secreto. Para a presidência da Mesa do Senado não há previsão. Isso foi invenção do Regimento Interno. Portanto, era suscetível de questionamento. (Repórter) O presidente STF, Dias Toffoli, decidiu, porém, que a votação não deve ser revelada. Ainda assim, senadores que defendem o voto aberto prometem voltar ao tema durante a sessão para a eleição no Senado, na próxima sexta-feira. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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