Bancada feminina no Senado fica menor em 2019 — Rádio Senado
Cai de 13 para 12

Bancada feminina no Senado fica menor em 2019

A bancada feminina no Senado a partir de 2019 foi reduzida de 13 para 12 senadoras. Sete foram eleitas, quatro permanecem com mandato e uma suplente assumiu a vaga do titular. O Distrito Federal e a Paraíba elegeram a primeira senadora da história dos estados. O Mato Grosso do Sul é o único estado com duas mulheres em sua bancada. As senadoras eleitas pela Paraíba, Daniella Ribeiro (PP), e pelo Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke (PSL), comentam o pequeno número de mulheres no Parlamento.
29/01/2019, 15h27 - ATUALIZADO EM 01/02/2019, 16h55
Duração de áudio: 02:19
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: A BANCADA FEMININA NO SENADO A PARTIR DE 2019 FOI REDUZIDA. LOC: SOMANDO AS SENADORAS QUE PERMANECEM COM MANDATO, AS SETE ELEITAS EM OUTUBRO PASSADO E A SUPLENTE QUE TOMOU POSSE RECENTEMENTE, A CASA TERÁ DOZE SENADORAS. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. (TÉC): A bancada feminina no Senado terá uma senadora a menos a partir de 2019. Passou de treze para doze. Dos 353 candidatos ao Senado, 62 eram mulheres e, dessas, sete se elegeram. Em 20 estados nenhuma mulher foi eleita e em três deles nem houve candidatas. A senadora eleita Soraya Thronicke, do PSL de Mato Grosso do Sul, único estado com duas senadoras, lamenta que mais da metade da população brasileira é feminina, mas esse percentual não está representado no Parlamento. (Soraya): “eu vejo com muito pesar. A questão é mais profunda do que trazer direito para as mulheres, tanto na legislação eleitoral. Eu vejo isso mais profundo, eu vejo cultural. É lógico que eu sempre defendi que, antes de tudo, não se pode votar numa pessoa por conta do gênero. Tem que votar em quem você acredita. Mas o que eu percebi? Que as mulheres não votaram nas mulheres”. (Repórter): Por ser a política um universo tradicionalmente masculino, a primeira mulher eleita ao Senado pela Paraíba, Daniella Ribeiro, do PP, defende mais diálogo para incentivar as mulheres a se candidatarem. (Daniella): “Que as mulheres elas possam despertar. A importância, primeiro, é desse incentivo, porque ela já é essencialmente política. Dentro de casa ela faz a política de decisão, na sua comunidade, no seu bairro, na sua cidade, ela interfere, faz essa política. Então eu acredito muito na discussão das próprias mulheres em explicar por que essa dificuldade. Se tem esse desejo, por que não entrou na política?”. (Repórter): Além das senadoras Soraya Thronicke e Daniella Ribeiro, foram eleitas Leila do Vôlei, do PSB, primeira mulher senadora do Distrito Federal; Mara Gabrilli, do PSDB de São Paulo; Eliziane Gama, do PPS do Maranhão; Zenaide Maia, do PHS do Rio Grande do Norte; e a juíza Selma Arruda, do PSL de Mato Grosso. Permanecem com mandato Simone Tebet, do MDB de Mato Grosso do Sul; Kátia Abreu, do PDT do Tocantins; Rose de Freitas, do Podemos do Espírito Santo; e Maria do Carmo Alves, do Democratas de Sergipe. E pelo Acre, a senadora Mailza Gomes, do PP, assumiu a vaga deixada por Gladson Cameli, eleito governador do estado. Da Rádio Senado, Iara Faria Borges.

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