Geração de energia eólica cresce 18% no Brasil apenas este ano
Em 2017, o crescimento da geração de energia eólica foi de 26,2% no Brasil. E apenas nos oito primeiros meses de 2018 subiu mais 17,8%, colocando o Brasil na oitava posição no ranking mundial do setor. Segundo o senador Roberto Muniz (PP-BA), o país tem potencial para produzir pelos ventos três vezes mais energia do que se consome hoje. Projetos de lei em discussão no Senado incentivam o uso de energias renováveis. Um deles (PLS 384/2016) estabelece que os assentados da reforma agrária possam fazer contratos para explorar o potencial de energia eólica ou solar na propriedade.
Transcrição
LOC: A GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA, QUE É PRODUZIDA PELOS VENTOS, CRESCEU MAIS DE VINTE E SEIS POR CENTO, DE 2016 PARA 2017. E SÓ NOS OITO MESES DE 2018 O CRESCIMENTO FOI DE QUASE DEZOITO POR CENTO.
LOC: O USO DE ENERGIA LIMPA, COMO A EÓLICA, É INCENTIVADO POR PROJETOS DE LEI EM DISCUSSÃO NO SENADO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES:
(Repórter) Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica, são 520 usinas instaladas no país. Essas usinas que usam o vento para produzir energia geraram em 2017 40,46 Terawatts-hora, que abasteceram cerca de 22 milhões de residências, beneficiando 67 milhões de pessoas. De 2016 para 2017, houve um crescimento de 26,2% na geração de energia eólica. E só nos oito primeiros meses de 2018 o crescimento foi de quase 18%. Com essa produção, o Brasil saiu da décima quinta posição no ranking mundial que ocupava em 2017 para a oitava posição em produção de energia eólica. A maior parte da geração está no Nordeste. E o Rio Grande do Norte é o estado que mais produz esse tipo de energia, seguido por Bahia, Piauí, Rio Grande do Sul e Ceará. Cada megawatt de energia gerada pelos ventos, representa 15 postos de trabalho, informa a Associação Brasileira de Energia Eólica. Além disso, esse é um tipo de energia que não polui o meio ambiente e tem uma tarifa baixa, explicou o senador Roberto Muniz, do PP da Bahia.
(Roberto Muniz, 24”) “Nós temos a capacidade de, no futuro, produzir, com os ventos do nosso país, três vezes mais energia do que estamos consumindo hoje. Podemos considerar, sim, que a energia eólica é hoje a opção de contratação mais barata. Bom para o meio ambiente e bom para o bolso do cidadão”.
(Repórter) Projetos em discussão no Senado incentivam o uso de energias renováveis. Um deles, de autoria do senador José Agripino, do Democratas do Rio Grande do Norte, está na Comissão de Agricultura e permite que os assentados da reforma agrária façam contratos para explorar o potencial de energia eólica ou solar na propriedade, como complemento às atividades agrícolas. Duas propostas estão em discussão na Comissão de Infraestrutura: uma, do senador Telmário Mota, do PTB de Roraima, prevê a instalação de equipamentos de energia renovável em prédios públicos e nos que forem financiados pela União; e outra, do senador Wilder Morais, do Democratas de Goiás, obriga o Governo a instalar nas casas do programa Minha Casa Minha Vida de placas de energia solar ou equipamentos de geração de energia eólica. E um projeto de lei do senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, em análise na Comissão de Constituição e Justiça, quer promover estudos e instalar usinas de energia eólica no mar.
PLS 384/2016
PLS 253/2016
PLS 224/2015
PLS 484/2017