Percentual de candidatas é o mesmo das últimas eleições — Rádio Senado
8.599 mulheres

Percentual de candidatas é o mesmo das últimas eleições

Segundo a Justiça Eleitoral, 8.599 mulheres vão disputar as eleições de outubro. Para a consultora do Senado, Maria Clara Estevam, esse quantitativo de 30% é exatamente o exigido pela lei. Neste ano, os partidos deverão reservar 1/3 do dinheiro para as candidatas. E muitos vão repassar a maior parte para aquelas com chances de vitória. O Brasil ocupa a posição de número 152 num ranking de 193 países de mulheres políticas. A consultora lembrou que o Senado aprovou uma PEC que reserva de 10% a 16% dos assentos para mulheres na Câmara dos Deputados. Para ela, a cota de candidaturas não é o mesmo que a reserva de cadeiras no legislativo.

22/08/2018, 19h28 - ATUALIZADO EM 23/08/2018, 16h24
Duração de áudio: 02:33
Elei›es 2014 - Vota‹o no primeiro turno das elei›es no ColŽgio Dom Orione, no Lago Sul, em Bras’lia.
Marri Nogueira /Agência Senado

Transcrição
LOC: POUCO MAIS DE TRINTA POR CENTO DE MULHERES VÃO DISPUTAR AS ELEIÇÕES DE OUTUBRO. O NÚMERO REPRESENTA O MÍNIMO EXIGIDO PELA LEGISLAÇÃO. LOC: SENADO JÁ APROVOU MUDANÇA NA CONSTITUIÇÃO PARA ESTABELECER UMA RESERVA DE VAGAS NA CÂMARA DOS DEPUTADOS PARA CANDIDATAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: Em relação a 2014, houve um aumento de 5,35% no número de mulheres que vão disputar as eleições deste ano. No total, serão 8.599 candidatas. Dessas, mais de 8 mil tentarão um mandato de deputada federal, estadual ou distrital. 187 se inscreveram como suplentes de senadoras, 72 como vice-governadoras, 61 como senadoras, 29 como governadoras, 2 como presidentes da República e 4 como vice. A consultora do Senado, Maria Clara Estevam, considera que a quantidade de candidatas corresponde ao mínimo exigido pela lei. Ela lembrou das candidaturas fantasmas. Em 2014, por exemplo, 14.500 mulheres sequer receberam o próprio voto. A consultora ressaltou que, nestas eleições, há o repasse obrigatório de 30% dos recursos para as candidatas. Mas alertou que em função da cláusula de barreira, que exige a eleição de 9 deputados federais, no mínimo, muitos partidos vão reservar a maior parte do dinheiro para as mulheres com maior chance de eleição. (Clara): Como tempo de campanha também está exíguo, é até natural que os partidos façam essa focalização de colocar nas candidatas mulheres que o partido visualiza mais viável como uma candidata que receba dentro desses 30% algum valor superior a outras candidatas. REP: O Brasil ocupa a posição de número 152 num ranking de 193 países de mulheres políticas. Maria Clara ressaltou que o Senado aprovou a reserva de 10% a 16% das cadeiras da Câmara dos Deputados para as mulheres. A consultora ponderou que a cota de candidaturas não é o mesmo que a reserva de vagas no legislativo. (Clara) Em vez de a gente falar só de cotas para candidatos, que é o que nós temos hoje, a gente falar de cotas de assentos. Então, por exemplo, já que somos 50% das mulheres na sociedade, que 50% dos assentos na Câmara dos Deputados sejam para mulheres. O Senado mesmo já aprovou uma PEC que foi à Câmara dos Deputados e lá ela espera aprovação. (REP): A proposta do Senado foi modificada e incluiu nas cotas das mulheres mandatos nas Assembleias Estaduais, Câmaras Municipais, no Senado e em cargos públicos. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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