Senadoras comentam aumento de violência contra a mulher — Rádio Senado
Violência

Senadoras comentam aumento de violência contra a mulher

Um estudo divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta que o Brasil registrou, em 2017, 388.263 novos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. Para a senadora Ana Amélia (PP-RS), o número é estimulado pela impunidade. Ainda de acordo com a pesquisa do CNJ, a justiça estadual registrou dois mil setecentos e noventa e cinco novos processos de feminicídio no Brasil, em 2017. Para a senadora Regina Sousa (PT-PI), é necessário conscientizar a população sobre o problema. Mais detalhes no áudio da repórter Marciana Alves, da Rádio Senado.

28/06/2018, 22h36 - ATUALIZADO EM 28/06/2018, 22h36
Duração de áudio: 02:01
Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) realiza reunião com 6 itens. Na pauta, o PLC 88/2014, que diminui custos e burocracia para produtores de flores ornamentais.

Participam:
senador Waldemir Moka (PMDB-MS);
senador Lasier Martins (PSD-RS);
senadora Ana Amélia (PP-RS); 
senadora Regina Sousa (PT-PI).

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: UM ESTUDO DIVULGADO PELO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA RELACIONOU MAIS DE UM MILHÃO E DUZENTOS MIL PROCESSOS SOBRE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM ANDAMENTO NAS JUSTIÇAS ESTADUAIS DE TODO O BRASIL. LOC: PARA AS SENADORAS ANA AMÉLIA E REGINA SOUSA, A IMPUNIDADE CONTRIBUI PARA O AUMENTO DOS CASOS. REPÓRTER MARCIANA ALVES. TÉC: Segundo o Conselho Nacional de Justiça, em 2017 foram registrados cerca de trezentos mil novos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, o que representa um crescimento de dezesseis por cento em relação ao ano anterior. Ao todo, o estudo relacionou mais de um milhão e duzentos mil processos sobre violência doméstica em andamento nas justiças estaduais do Brasil. A senadora Ana Amélia, do PP gaúcho, lamentou o dado. Segundo ela, a falta de medidas mais duras contra os agressores estimula o aumento nos casos: (Ana Amélia) O índice de violência contra as mulheres é muito elevado. E uma coisa mais trágica ainda é constatar que a violência é dentro de casa, não é uma violência externa, como é em geral. A gente está vivendo aí um aumento, que, para mim, sinceramente, decorre basicamente da questão da impunidade. (Repórter) Ainda de acordo com o levantamento do CNJ, em 2017 a justiça estadual registrou dois mil setecentos e noventa e cinco novos processos de feminicídio no Brasil. Para a senadora Regina Sousa do PT do Piauí, a legislação não é suficiente para inibir os casos. É preciso fomentar ações de conscientização sobre o problema: (Regina Sousa) Temos que estudar isso, porque está ficando difícil. Não é só penalidade, porque, por exemplo, no Piauí, todos os casos de feminicídio são resolvidos na hora; a polícia já sabe quem é e vai atrás; eles são resolvidos, já há julgamento pela lei de feminicídio, em que eles são condenados, mas a lei não está resolvendo, não está intimidando. (Repórter) Uma proposta em análise no Senado estabelece que o INSS poderá cobrar dos agressores a devolução do dinheiro gasto para atender mulheres vítimas de violência doméstica. De acordo com a ONU, quarenta por cento das brasileiras já sofreram esse tipo de abuso em algum período da vida. A matéria está em análise na Comissão de Assuntos Sociais. Com supervisão de Celso Cavalcanti, da Rádio Senado, Marciana Alves.

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