Senado estuda obrigar emissoras de rádio e TV a veicularem diariamente campanhas antidrogas — Rádio Senado
Proposta

Senado estuda obrigar emissoras de rádio e TV a veicularem diariamente campanhas antidrogas

Neste 26 de junho é celebrado o Dia Internacional de Combate às Drogas. No Senado, a Comissão de Assuntos Sociais analisa uma proposta (PLS 257/2017) que determina a veiculação diária de campanhas antidrogas nos intervalos da programação de emissoras de rádio e televisão, entre às 8 horas da manhã e às 8 da noite. O autor do projeto, senador Magno Malta (PR-ES), afirmou que a baixa frequência das atuais campanhas não estão surtindo o efeito desejado. A proposta já foi aprovada pela Comissão de Ciência e Tecnologia e aguarda novo relatório do senador Valdir Raupp (MDB-RO) na CAS. A reportagem é de Marcella Cunha, da Rádio Senado.

25/06/2018, 17h57 - ATUALIZADO EM 25/06/2018, 17h57
Duração de áudio: 01:44
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O BRASIL ADOTOU 26 DE JUNHO COMO O DIA INTERNACIONAL DE COMBATE ÀS DROGAS. A DATA FOI ESCOLHIDA PELA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. LOC: NO SENADO, UM PROJETO EM TRAMITAÇÃO NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS PREVÊ A VEICULAÇÃO DIÁRIA DE CAMPANHAS ANTIDROGAS NO RÁDIO E NA TV. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. (Repórter) A proposta do senador Magno Malta, do PR do Espírito Santo, altera a lei que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas para determinar a veiculação de propagandas antidrogas nos intervalos da programação de emissoras de rádio e televisão. As campanhas seriam diárias, com duração de pelo menos cinco minutos, e precisariam ser veiculadas entre às oito horas da manhã e às oito da noite. Para Magno Malta, a medida vem em um momento que as atuais iniciativas não estão produzindo o efeito esperado. (Magno Malta) “Nós certamente veremos para o futuro o resultado de tudo isso. Eu tenho 38 anos tirando drogado de rua. Fazendo palestra em escola e vejo com a prevenção pode salvar, pode prevenir. Você botar um outdoor uma vez por ano e quando coloca, certamente não vai ajudar. Se você tem a publicidade informativa todo dia, água mole em pedra dura bate, bate até que fura.” (Repórter) De acordo com o senador, as campanhas, que a princípio tratam apenas de drogas ilícitas poderiam ser estendidas para as drogas lícitas, como cigarros e bebidas alcoólicas. (Magno Malta) “A princípio é droga ilícita, porque vão dizer ‘está na legalidade, ninguém está fora da lei.’ Mas eu acho que tem sensibilidade porque tem muitas emissoras que quem as usa com caráter cultural, caráter religioso e certamente vão falar das bebidas legais também.” (Repórter) O senador Valdir Raupp, do MDB de Rondônia, relator da proposta nas comissões de Ciência e Tecnologia e Assuntos Sociais, disse que o custo com publicidade será inferior à economia gerada com o tratamento de futuros dependentes químicos e pela redução da criminalidade. PLS 257/2017

Ao vivo
00:0000:00