Pedro Parente pede demissão da Petrobras pressionado por greve dos caminhoneiros — Rádio Senado
Crise dos Combustíveis

Pedro Parente pede demissão da Petrobras pressionado por greve dos caminhoneiros

01/06/2018, 16h35 - ATUALIZADO EM 01/06/2018, 16h35
Duração de áudio: 02:00
Brasília - Presidente da Petrobras, Pedro Parente, durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto após encontro com o presidente interino Michel Temer (José Cruz/Agência Brasil)
José Cruz/Agência Brasil

Transcrição
LOC: SENADORES AVALIAM QUE PEDIDO DE DEMISSÃO DE PEDRO PARENTE DA PRESIDÊNCIA DA PETROBRAS NÃO RESOLVERÁ A CRISE DOS COMBUSTÍVEIS. LOC: OS PARLAMENTARES DEFENDEM MUDANÇAS NA POLÍTICA DE REAJUSTE DE PREÇOS DA ESTATAL QUE BLINDE A EMPRESA E OS CONSUMIDORES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: Na carta de demissão entregue ao presidente Michel Temer, Pedro Parente declarou que a permanência dele na presidência da Petrobras “deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o governo tem pela frente”. Disse que assumiu há dois anos o comando da estatal com autonomia para implementar a política de reajuste dos preços que saneou as contas da empresa sem dinheiro do Tesouro. O senador Armando Monteiro do PTB de Pernambuco lamentou a saída de Pedro Parente da Petrobras ao destacar que ele cumpriu com a missão de reorganizar a empresa após as denúncias de corrupção divulgadas na Operação Lava Jato. O parlamentar defende uma mudança na definição dos preços dos combustíveis, mas é contrário à sua extinção ao citar as oscilações do barril do petróleo e do dólar. (Armando): Eu não atribuo a culpa ao presidente da Petrobras, mas sim ao governo, que poderia ter definido, sem uma intervenção na empresa, essa política, que criou essa situação de volatilidade. Mas, é, em última instância é lamentar essa decisão. REP: O senador Jorge Viana do PT do Acre avalia que a saída de Pedro Parente não vai resolver a crise dos combustíveis, que passa pela política de reajuste. (Jorge) É insustentável, até o mais importantes aliados do governo viram que dar 230 aumentos na gasolina e 229 no óleo diesel, sem contar o gás de cozinha e o querosene de aviação, foi um desastre para o Brasil. Eles lucraram nesses dois anos 150% em cima do que ganharam com o aumento abusivo do diesel e gasolina. REP: Pedro Parente presidiu a Petrobras por dois anos. Ele foi ministro do Planejamento, da Casa Civil e de Minas e Energia no governo FHC. Ele deverá assumir a presidência da empresa de alimentos BRF. Da RS, Hérica Christian.

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