CAE cobra do presidente do Banco Central redução da diferença entre a taxa Selic e os juros ao consumidor — Rádio Senado
Audiência pública

CAE cobra do presidente do Banco Central redução da diferença entre a taxa Selic e os juros ao consumidor

A diferença entre a taxa básica de juros na economia e o efetivamente pago pelos brasileiros foi o principal tema de debate na Comissão de Assuntos Econômicos, nesta terça-feira (10). A reunião contou com a presença do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Ele respondeu que medidas em análise no Congresso Nacional, como o novo Cadastro Positivo (PLP 441/2017), e algumas ações do Bacen para oferecer produtos e serviços diferenciados devem reduzir o custo do dinheiro no Brasil.

10/04/2018, 16h58 - ATUALIZADO EM 10/04/2018, 19h08
Duração de áudio: 02:02
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência pública
para ouvir o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. O objetivo da audiência pública interativa é debater as diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária do país.

Em pronunciamento, à mesa, presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A DIFERENÇA ENTRE A TAXA BÁSICA DE JUROS NA ECONOMIA E O QUE É EFETIVAMENTE PAGO PELOS BRASILEIROS FOI O PRINCIPAL TEMA DO DEBATE NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS NESTA TERÇA-FEIRA. LOC: OS SENADORES RECEBERAM O PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, ILAN GOLDFAJN (ÍLAN GOLDFÁIN). REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. (Repórter) O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, falou aos senadores que o cenário internacional ainda é benigno, os juros demonstram trajetória de queda e as reservas internacionais, de cerca de 20% do PIB, são uma garantia contra choques internos e externos. Mas ouviu dos senadores Dalirio Beber, do PSDB de Santa Catarina, Ataídes Oliveira, do PSDB do Tocantins, Lúcia Vânia, do PSB de Goiás, e dos senadores de Pernambuco Armando Monteiro, do PTB, e Fernando Bezerra Coelho, do PMDB, questionamentos sobre como acelerar essa queda de juros e de taxas bancárias. Ilan Goldfajn respondeu que o Banco Central tampouco está satisfeito com a velocidade do repasse da queda na Selic para os consumidores. Mas ressaltou que medidas em análise no Congresso – como o novo Cadastro Positivo – e algumas ações do Bacen para oferecer novos produtos e serviços no mercado aos poucos devem reduzir o custo do dinheiro no Brasil. O senador Pedro Chaves, do PRB de Mato Grosso do Sul, quis saber ainda se o Brasil não estaria com as reservas em moeda estrangeira em um nível além do recomendado. (Pedro Chaves) Eu questiono então: qual a opinião do senhor sobre a proposta de reduzir o volume de reservas cambiais e utilizar os recursos para diminuir a dívida bruta do setor público brasileiro? (Repórter) O presidente do Banco Central disse acreditar que o Brasil ainda precisa amadurecer na responsabilidade fiscal e resolver seus maiores problemas para então pensar qual o tamanho do seguro. (Ilan Goldfajn) Eu acho que naquele momento, obviamente, tem que ser visto como uma forma de abater a dívida. Só que muitos não estariam de acordo e gostariam de gastar. Aí não dá porque aí a dívida aumenta. (Repórter) A taxa Selic foi a 6,50% ao ano na última reunião do Copom, em março. As taxas de juros bancárias, de acordo com o Banco Central, eram de 27% ao ano para as famílias e 15,5% para as empresas em fevereiro. Mas cartões de crédito e cheque especial chegam a taxas dez vezes maiores. Projeto de Lei Complementar (PLP) 441/17 (Cadastro Positivo - na Câmara)

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