Senado aprova proposta que estabelece alerta sobre risco de doping em bulas de remédios
As bulas de remédios devem alertar os atletas sobre o risco de doping. É o que estabelece um projeto (PLS 43/2017) do senador Zezé Perrella (PMDB – MG) aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS). O objetivo é evitar o uso de medicamentos que buscam melhorar o desempenho esportivo e podem levar a suspensão dos competidores. Segundo o relator, senador Airton Sandoval (PMDB-SP), muitos medicamentos disponíveis nas farmácias e drogarias e usados para diversas doenças, como corticoides, analgésicos e estimulantes, são proibidos para atletas porque podem aumentar a musculatura e a força ou diminuir os batimentos cardíacos, por exemplo. O texto segue para análise da Câmara dos Deputados.
Transcrição
LOC: AS BULAS DE REMÉDIOS DEVEM ALERTAR OS ATLETAS SOBRE O RISCO DE DOPING.
LOC: É O QUE ESTABELECE UM PROJETO APROVADO PELA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DO SENADO. O OBJETIVO É EVITAR O USO DE MEDICAMENTOS QUE BUSCAM MELHORAR O DESEMPENHO ESPORTIVO E PODEM LEVAR A SUSPENSÃO DOS COMPETIDORES. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
(Repórter) A Proposta do senador Zezé Perrela, do PMDB de Minas Gerais, determina que as bulas de remédios devem alertar sobre o risco de doping e estampar uma advertência para que os atletas consultem a lista atualizada de substâncias e métodos proibidos pela agência mundial antidopagem. O relator da proposta, senador Airton Sandoval, do PMDB de São Paulo, lembrou que muitos remédios disponíveis nas farmácias e drogarias e usados para diversas doenças, como corticoides, analgésicos e estimulantes, são proibidos para atletas porque podem aumentar a musculatura e a força ou diminuir os batimentos cardíacos, por exemplo. Outras drogas, como os diuréticos, não influenciam a performance mas podem mascarar a detecção de substâncias proibidas nos testes antidopagem. Airton Sandoval lembrou escândalos recentes no esporte, como a suspensão de atletas russos nas Olimpíadas do Rio, em 2016, e nos jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, neste ano. Segundo Sandoval, o objetivo é evitar o uso de medicamentos que buscam melhorar o desempenho esportivo e podem levar a suspensão dos competidores.
(Airton Sandoval) “A proposição busca instituir um alerta adicional para os atletas, caso necessitem consumir medicamentos para tratar doenças ou mitigar seus sintomas. Considerando que mesmo fármacos sem qualquer influência sobre a atividade desportiva podem ter seu uso vedado e resultar em profundo revés na carreira do atleta”
(Repórter) A proposta aprovada em segundo turno pela Comissão de Assuntos Sociais antes de seguir para a Câmara dos Deputados.