CDH debate doença de Parkinson — Rádio Senado
Audiência pública

CDH debate doença de Parkinson

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) discutiu nesta segunda-feira (12) a doença de Parkinson. Apesar da doença ser frequentemente associada aos tremores nas mãos e a pessoas idosas, médicos e pacientes explicaram que há outros sintomas, como alterações no sono e olfato, e que o Parkinson pode atingir jovens. O senador Paulo Paim (PT-RS) aproveitou a audiência pública para defender projeto de lei que permite o saque do FGTS para quem tem a doença (PLS 30/2018). O dia 11 de abril é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson. A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado. Ouça o áudio.

12/03/2018, 14h12 - ATUALIZADO EM 12/03/2018, 14h50
Duração de áudio: 02:22
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência interativa para tratar sobre instituição do mês de abril como o mês da conscientização sobre a Doença de Parkinson.

Mesa:
professora da Universidade de São Paulo (USP/Ribeirão Preto), Elaine Del-Bel;
coordenadora do Projeto Vibrar com Parkinson - Projeto de extensão da Universidade Federal de Goiás, Danielle Ianzer;
vice-presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS);
médico neurologista - Fundador do Centro de Referência em Transtornos do Movimento, do Distrito Federal, Nasser Allam.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DISCUTIU NESTA SEGUNDA-FEIRA A DOENÇA DE PARKINSON. LOC: PACIENTES E PROFISSIONAIS DA SAÚDE RELATARAM OS SUCESSOS E AS DIFICULDADES NO TRATAMENTO DA ENFERMIDADE. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. (Repórter) A doença de Parkinson é frequentemente associada aos tremores nas mãos e a pessoas idosas. Mas médicos e pacientes explicaram que há outros sintomas, como alterações no sono e olfato, e que a doença pode atingir jovens. A cientista Danielle Lanzer descobriu a doença aos 35 anos. O diagnóstico, que demorou seis anos, foi trazido a ela de uma forma brutal. (Danielle Lanzer) Porque eu queria tanto um diagnóstico que quando eu recebi eu fiquei péssima. Porque é uma doença sem cura. Quando você recebe um diagnóstico desse, sem estrutura, eu tava sozinha no consultório, ele virou pra mim e falou: “É, realmente é Parkinson”. E começou a prescrever a medicação. Ele falou como se eu tivesse com gripe. (Repórter) Danielle criou uma ONG, a Vibrar Parkinson, para desfazer mitos, chamar a atenção para a doença e apresentar formas construtivas de encarar a enfermidade. A organização recebe ainda muitas queixas, que vão desde a demora e o despreparo de médicos, até o preconceito de peritos. Fábio Manfra foi diagnosticado aos 32 anos com a doença e encarou a desconfiança de uma perita que não acreditou que ele tinha a doença porque andava de bicicleta. (Fábio Manfra) Então na cabeça dela ela achava que porque eu pedalo, pratico ciclismo que é algo que me ajuda me ajuda muito e que me fez aqui hoje com saúde com condições de me deslocar até aqui o Senado ela desconhece que isso é fundamental para o meu tratamento. (Repórter) O médico Nasser Allam, que cuida de Fábio, confirmou que, na experiência dele, a atividade física é fundamental para os parkinsonianos. (Nasser Allam) Eu ousaria dizer até que chega a 40% do tratamento dos pacientes com doença de Parkinson e esse tipo de suporte de uma maneira geral nossos pacientes parkinsonianos não têm no Brasil. (Repórter) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, aproveitou a audiência pública para defender projeto de lei que permite o saque do FGTS para quem tem a doença de Parkinson. (Paulo Paim) De acordo com a nossa proposta essa possibilidade de saque de FGTS se aplica para a pessoa que tem Parkinson é o próprio trabalhador ou qualquer um de seus dependentes. (Repórter) O dia 11 de abril é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson. Projeto de Lei do Senado n° 30, de 2018

Ao vivo
00:0000:00