Parlamentares lembram atuação da bancada feminina na Constituinte
A participação feminina no processo de elaboração da Constituição Federal de 1988 foi tema de um debate realizado pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados e Procuradoria Especial da Mulher do Senado. O evento contou com as participações de deputadas e senadoras que ajudaram na formulação da Carta Magna. A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) lembrou momentos emblemáticos do processo, como a luta pelo direito à titularidade da terra. As informações com a repórter Marciana Alves, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: UM EVENTO PROMOVIDO PELA CÂMARA E PELO SENADO CELEBROU A ATUAÇÃO DA BANCADA FEMININA NA CONSTITUINTE DE 88.
LOC: AS PARLAMENTARES LEMBRARAM MOMENTOS MARCANTES DA LUTA PARA A INCLUSÃO DE DIREITOS DAS MULHERES NA CONSTITUIÇÃO. REPÓRTER MARCIANA ALVES.
TÉC: A instalação da Assembleia Nacional Constituinte levou as mulheres a buscarem a ampliação de direitos civis, sociais e econômicos. Trinta anos depois, a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados e a Procuradoria Especial da Mulher do Senado promoveram um debate para lembrar esse marco da participação feminina no Parlamento Brasileiro. O evento contou com as presenças de senadoras e deputadas, que destacaram momentos emblemáticos da elaboração da Constituição, como a luta pelo direito à titularidade da terra, destaque da senadora Rose de Freitas, do PMDB do Espírito Santo.
(Rose de Freitas) Isso é um momento que eu acho que marcou a luta da mulher, olhando além das cidades, além dos sindicatos, olhando o trabalho da mulher compartilhado com sua família.
(REP) Integrante da bancada feminina que ajudou na formulação da Carta Magna, a senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, acredita que a atuação política ainda é um grande desafio para as mulheres.
(Lídice da Mata) Enquanto nós não mexermos nessas direções de partidos, os homens continuarão mandando e comandando as direções partidárias, e as mulheres na base, sem ter a oportunidade de crescer e de se tornarem candidatas.
(REP) De acordo com um levantamento do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, oitenta por cento das reivindicações da bancada feminina foram acatadas pela Assembleia Nacional Constituinte; entre elas, a proibição da discriminação da mulher no mercado de trabalho. Por outro lado, direitos e garantias no campo sexual e reprodutivo, especialmente na questão do aborto, acabaram de fora por causa da resistência de alguns setores. Da Rádio Senado, Marciana Alves.