Procuradoria da Mulher debate atendimento psicológico aos autores de violência doméstica — Rádio Senado
Violência

Procuradoria da Mulher debate atendimento psicológico aos autores de violência doméstica

Em homenagem ao mês da mulher, a Procuradoria da Mulher do Senado promoveu um debate sobre o atendimento psicológico aos autores de violência doméstica e familiar. A reunião contou com a presença de parlamentares, representantes do  Judiciário e das áreas de educação e de segurança pública. Os convidados afirmaram ser necessária a implantação do atendimento aos homens agressores como forma de política pública de combate e redução à violência contra a mulher. A reportagem é de Marina Ferreira, da Rádio Senado.

01/03/2018, 19h52 - ATUALIZADO EM 01/03/2018, 19h52
Duração de áudio: 01:58
A Procuradoria Especial da Mulher no Senado Federal realiza audiência pública para debater ações do serviço público para enfrentar violências e feminicídio: o atendimento de autores de violências.

À mesa:
magistrado do Centro Judiciário da Mulher do Tribunal de Justiça do Distrito Federal  (TJDFT), Ben-Hur Viza;
Coordenador do observatório da Mulher contra a violência, Henrique Marques Ribeiro;
deputada Jô Moraes (PCdoB-MG);
Analista Judiciário, Psicólogo do TJDFT, Doutor em psicologia clínica e cultura da UnB, Fabricio Guimarães;
Promotor de Justiça do MPDFT, Thiago Pierobom;

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A PROCURADORIA DA MULHER NO SENADO DEBATEU O ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AOS AUTORES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR LOC: OS CONVIDADOS DO PROJETO PAUTA FEMININA AFIRMARAM SER NECESSÁRIA A IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO COMO FORMA DE POLÍTICA PÚBLICA DE COMBATE E REDUÇÃO À VIOLÊNCIA. REPÓRTER MARINA FERREIRA. TÉC: No primeiro dia de março, mês em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, a Procuradoria Especial da Mulher do Senado deu início à programação comemorativa. O debate sobre as ações do serviço público para enfrentar o feminicídio, inclusive com o atendimento dos autores de violências, contou com a presença de representantes das áreas de educação, segurança pública e justiça. O juiz Ben-Hur Viza, do Distrito Federal, criticou a falta de investimentos e de profissionais especializados para tratar a violência doméstica e familiar no país, que, segundo ele, já poderia ter sido resolvida. (Ben-Hur) A Lei Maria da Penha prevê solução. Agora por que o problema não está sendo solucionado? Porque nós não estamos cumprindo a lei. Nós já sabemos que a lei não funciona sem uma equipe multidisciplinar, em vários estados os inquéritos estão prescrevendo nas delegacias. (Rep) Durante o debate, o psicólogo Fabrício Guimarães destacou que o atendimento psicológico aos homens agressores é uma política pública fundamental de combate e redução à violência contra a mulher. (Fabrício) Se a gente não atender esse parceiro ou ex-parceiro, ele vai agredir outras mulheres e vai continuar agredindo essa mulher mesmo depois da separação. É importante buscar essa responsabilização do homem por meio da reflexão, além da punição quando for o caso. (Rep) A deputada federal Jô Moraes, do PC do B de Minas Gerais, que presidiu a reunião, afirmou que é necessário implantar o quanto antes o atendimento aos autores de violência. (Jô Moraes) Compreendemos que apenas tratar da punição dos agressores não é suficiente, porque há reincidência mesmo quando eles são punidos. Nós estamos sensibilizados para que o investimento no tratamento dos agressores seja parte da política de enfretamento da violência contra a mulher. (Rep) Um projeto em análise na Comissão de Constituição e Justiça tipifica como crime o descumprimento de medidas protetivas de urgência. Da Rádio Senado, Marina Ferreira.

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