CDH discute segurança em audiência pública — Rádio Senado
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CDH discute segurança em audiência pública

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) reuniu diversas entidades nesta segunda-feira (26) para discutir a segurança pública. Os expositores destacaram a desigualdade social e a impunidade como alguns dos principais fatores para o aumento da taxa de homicídios. Outro fator apresentado foi o aumento do desemprego e o preconceito, uma vez que a maioria dos assassinados são jovens negros de favelas e periferias. O senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente da CDH, explicou que a intenção da comissão é promover mais debates sobre o assunto.

26/02/2018, 16h42 - ATUALIZADO EM 26/02/2018, 18h59
Duração de áudio: 01:51
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência interativa sobre direitos humanos e segurança pública.

Mesa:
representante da Federação Nacional de Agentes Federais de Execução Penal (Fenafep), Gentil Nei Espírito Santo da Silva;
representante da Federação Nacional de Agentes Federais de Execução Penal (Fenafef), Helder Jacoby;
vice-presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS);
defensor Público do Estado do Rio de Janeiro, Pedro Carriello. 

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A SEGURANÇA PÚBLICA FOI TEMA DE AUDIÊNCIA NA CDH LOC: OS PARTICIPANTES LEMBRARAM QUE O ALTO NÚMERO DE HOMICÍDIOS NO BRASIL TEM A VER COM A IMPUNIDADE. REPÓRTER ANA BEATRIZ SANTOS. TÉC: O autor do pedido, senador Paulo Paim do PT do Rio Grande do Sul, destacou que o Brasil tem a maior proporção de homicídios por número de habitantes do mundo. O representante da Ordem dos Advogados do Brasil, Everaldo Patriota, listou uma série de razões para essa situação. Ele citou o descaso com a segurança pública, a desigualdade social e, principalmente, a certeza da impunidade: (Everaldo Patriota) “a taxa de eficiência no combate ao homicídio no brasil é vergonhosa. Nos temos quase 60 mil homicídios porque nem cinco por cento são investigados, apurado, processados e resultam em condenação”. (Ana) O senador Paulo Paim explicou que a intenção da Comissão de Direitos Humanos é promover mais debates sobre o assunto. Questionado pelos internautas por meio do serviço E-cidadania, o vice-presidente da comissão explicou que o ministério da Justiça e o ministério da Defesa não mandaram representantes para participar da discussão. (Paulo Paim) “vamos chamar outras entidades que representam os policiais, os profissionais que fazem de fato o enfrentamento, nessa nós achamos que viria o ministro da justiça ou seu representante ou o ministro da defesa ou seu representante, mas na próxima eles estarão aqui”. (Ana) Outros expositores lembraram a importância do governo investir na proteção primária nas cidades e a necessidade de melhorar as condições dos presídios, que hoje colocam em risco não apenas os detentos, mas seus familiares, agentes penitenciários e a sociedade. A próxima reunião para debater a segurança pública está prevista para o dia seis de março. Da Rádio Senado, ABS.

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