Senadores analisam fechamento de mais de 20 mil postos de trabalho em 2017 — Rádio Senado
Mercado de trabalho

Senadores analisam fechamento de mais de 20 mil postos de trabalho em 2017

Em 2017, o Brasil fechou mais de vinte mil postos formais de trabalho. Este é o menor número desde 2014. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Senadores têm visões distintas sobre esses números. Para o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) a redução de 20 mil postos de trabalhos em um ano de grande turbulência política “foi uma grande vitória, uma grande vitória, sem sombra de dúvida”. Já para o senador Paulo Paim (PT-RS) os números demonstram que o país continua com um alto nível de desemprego e que está trocando empregos formais por empregos informais, “na linha do próprio trabalho intermitente, dependendo do número de horas que ele recebe, ele poderá ganhar meio salário mínimo e terá que pagar a Previdência sobre a integralidade do salário mínimo. Então, na verdade, é um retrocesso”, afirmou.

29/01/2018, 13h03 - ATUALIZADO EM 29/01/2018, 18h53
Duração de áudio: 02:12
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: EM 2017, O BRASIL FECHOU MAIS DE VINTE MIL POSTOS FORMAIS DE TRABALHO. É O MENOR NÚMERO DESDE 2014. LOC: OS DADOS SÃO DO CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS. SENADORES TÊM VISÕES DISTINTAS SOBRE OS NÚMEROS. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES: TÉC: Pelo terceiro ano consecutivo, em 2017 o Brasil demitiu mais do que contratou. A diferença é de quase 21 mil postos formais de trabalho fechados, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego. Apesar de negativo, o resultado foi o melhor desde 2014. Na avaliação do senador Ataídes Oliveira, do PSDB do Tocantins, os números mostram que o Brasil retomou o crescimento econômico. Em sua visão, um conjunto de ações do governo, como a Reforma Trabalhista, gerou confiança do empresariado para investir, o que refletiu na geração de empregos e aumento do consumo. (Ataídes Oliveira) “Nós tivemos um crescimento em 2017, mesmo diante dessa turbulência política. Nós fechamos o ano com vinte mil e poucos cargos negativos. Mas isso para mim, foi uma grande vitória, uma grande vitória, sem sombra de dúvida. 2017, para mim, foi uma baliza de que o País voltou a crescer”. (Repórter) Já para o senador Paulo Paim, do PT gaúcho, os números têm outro significado: demonstram que o País continua com um alto nível de desemprego e que aumentaram os empregos precários. (Paulo Paim) “O que houve foi demissão de empregos formais para contratação em empregos informais, na linha do próprio trabalho intermitente, dependendo do número de horas que ele recebe, ele poderá ganhar meio salário mínimo e terá que pagar a Previdência sobre a integralidade do salário mínimo. Então, na verdade, é um retrocesso”. (Repórter) A construção civil e a indústria de transformação foram os segmentos que mais demitiram em 2017. O Sudeste foi a região que mais fechou postos de trabalho e o Centro-Oeste, em razão da produção agrícola, foi a que mais contratou. Os dados são do Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, e incluem os contratos feitos sob as novas modalidades previstas na reforma trabalhista, como a jornada parcial e a jornada intermitente.

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