Senado aprova criminalização do porte de armas brancas com intenção de praticar crimes — Rádio Senado
Segurança Pública

Senado aprova criminalização do porte de armas brancas com intenção de praticar crimes

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (29), a proposta que criminaliza o porte de armas brancas, com intenção de praticar crimes (PLS 320/2015). O texto foi apresentado pelo senador Raimundo Lira (PMDB-PB) após uma série de ataques cometidos no Rio de Janeiro com o uso de facas. A ideia é limitar o uso desse tipo de arma, sem interferir no trabalho de profissionais que precisam das ferramentas em seu dia a dia. O relator, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), lembrou que o número de casos de crimes cometidos com armas brancas aumentou após o desarmamento e que, por isso, é preciso mudar o enquadramento do porte de armas brancas, que, hoje, é apenas contravenção penal. De acordo com a proposta aprovada, o crime será punido com prisão de um a três anos, além de pagamento de multa. O texto segue para análise da Câmara dos Deputados.

29/11/2017, 17h44 - ATUALIZADO EM 29/11/2017, 20h08
Duração de áudio: 02:06
sejuc.se.gov.br

Transcrição
LOC: O SENADO APROVOU A CRIMINALIZAÇÃO DO PORTE DE ARMAS BRANCAS, COMO FACAS, ESTILETES E PORRETES, COM INTENÇÃO DE PRATICAR CRIMES. LOC: A PUNIÇÃO SERÁ DE UM A TRÊS ANOS DE PRISÃO, ALÉM DO PAGAMENTO DE MULTA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC: Após uma série de ataques cometidos no Rio de Janeiro com o uso de facas em 2015, senadores apresentaram propostas para tentar resolver o impasse de limitar o uso de armas brancas de forma criminosa, sem interferir no trabalho de profissionais que precisam das ferramentas no seu dia a dia. As armas brancas são classificadas em perfurantes, como tesouras e chaves de fenda; cortantes, como navalhas e facas; e contundentes, como porretes, martelos e tacos de beisebol, além das que combinam essas características, como machados, facões e enxadas. O autor da proposta aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça, senador Raimundo Lira, do PMDB da Paraíba, explicou que instrumentos usados para trabalho não serão criminalizados, pois só serão considerados armas quando o objetivo for o de praticar crimes. (Raimundo Lira) É importante tranquilizar a população que a peixeira do açougueiro, a faca do artesão, as ferramentas de trabalho dos agricultores – a roçadeira, foice, enxada, machado – isso aí são ferramentas de trabalho. Não pode é esses bandidos andarem hoje pela cidade com uma faca na cintura cometendo crimes, ou intimidando as pessoas, não acontece nada porque não é ilegal. (Repórter) O relator, senador Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, lembrou que com o desarmamento e a redução do número de armas de fogo, cresceram os casos de crimes cometidos com armas brancas. Por isso, a necessidade de mudar o enquadramento do porte de armas brancas, que, hoje, é contravenção penal, punido com quinze dias a seis meses de prisão, ou com pagamento de multa. (Valdir Raupp) Os projetos se revelam necessários, diante da onda de violência que acomete as cidades brasileiras, com a utilização frequente das chamadas armas brancas, como é o exemplo das facas, estiletes, canivetes e punhais. A utilização crescente das armas brancas para o cometimento de crimes revela a necessidade de endurecimento do tratamento penal dado à matéria. (Repórter) Com a tipificação no Código Penal, quem portar armas brancas com o objetivo de cometer crimes pode pegar de um a três anos de prisão e ainda pagar multa. A proposta segue para a Câmara dos Deputados. PLS 320/2015

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