Wesley Batista fica em silêncio durante depoimento a CPIs — Rádio Senado
Investigação

Wesley Batista fica em silêncio durante depoimento a CPIs

O empresário Wesley Batista ficou em silêncio nesta quarta-feira (08) durante depoimento à CPI do BNDES e à CPI Mista da JBS. Wesley Batista invocou o direito de ficar em silêncio com o argumento de não atrapalhar o acordo de delação premiada.

08/11/2017, 12h11 - ATUALIZADO EM 08/11/2017, 12h50
Duração de áudio: 01:52
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da JBS (CPMI-JBS) realiza oitiva do empresário Wesley Batista, acionista controlador do Grupo J&F Investimentos — responsável pela empresa JBS. 

Em depoimento, empresário Wesley Batista.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: O EMPRESÁRIO WESLEY BATISTA FICOU EM SILÊNCIO NESTA QUARTA-FEIRA DURANTE DEPOIMENTO À CPI DO BNDES E À CPI MISTA DA JBS. LOC: ELE INVOCOU O DIREITO COM O ARGUMENTO DE NÃO ATRAPALHAR O ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. (Repórter) O empresário Wesley Batista e o irmão dele, Joesley, do grupo J&F, estão presos em São Paulo por suspeita de terem omitido informações no acordo de delação premiada. Wesley veio a Brasília para o depoimento à CPI do BNDES e à CPI mista da JBS sob escolta da Polícia. O relator da CPI do BNDES do Senado, Roberto Rocha, senador do PSDB do Maranhão, abriu a fase de perguntas. (Roberto Rocha) Nossa preocupação é fundamentalmente avaliar os processos de concessão de crédito ao banco. Especialmente a existência de interferência política externa sobre os seus trabalhos. Então gostaria de começar questionando sobre a interferência política na liberação rápida de recursos para seus pedidos de financiamento no BNDES. Assunto que obteve ampla divulgação na mídia a partir de suas delações. (Repórter) Wesley Batista até fez um pronunciamento inicial, quando disse não ter se arrependido do acordo de colaboração com a Justiça. Mas depois não respondeu aos questionamentos de deputados e senadores. (Wesley Batista) Excelência, me manterei em silêncio... Excelência, por orientação dos advogados, me manterei em silêncio. (Repórter) O deputado João Gualberto Vasconcelos, do PSDB da Bahia, aproveitou a reunião para cobrar os depoimentos dos políticos. Segundo ele, o prazo para encerramento da CPMI da JBS, 22 de dezembro, já está chegando e não há no calendário qualquer oitiva de político agendada. (João Gualberto Vasconcelos) A quadrilha é feita de políticos e empresários. E quem é o pior? Acho que são os Políticos. Que vai pras ruas, vai pra rede social prometer ser justo, honesto, trabalhar para o Brasil. Esses são piores, e não vamos chamar os políticos? É isso mesmo? Como sempre aqui não é chamado? (Repórter) O presidente da CPI mista da JBS, senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, ressaltou que se os deputados e senadores quiserem, os trabalhos podem ser prorrogados.

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