CRE debate uso das Forças Armadas no combate ao crime organizado — Rádio Senado
Audiência pública

CRE debate uso das Forças Armadas no combate ao crime organizado

Utilizar ou não as Forças Armadas para combater o crime organizado. O tema esteve em debate nesta segunda-feira (30) na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE), que analisou o papel das Forças Armadas no século 21. A senadora Ana Amélia (PP-RS) lamentou a falta de atenção governamental com um tema tão importante. A audiência foi presidida pelo senador Jorge Viana (PT-AC), vice-presidente da CRE. No dia 13 de novembro o tema do debate na comissão será “O Aumento da Insegurança Internacional - Desafios do Brasil”.

30/10/2017, 21h06 - ATUALIZADO EM 30/10/2017, 21h10
Duração de áudio: 02:04
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) promove Ciclo de Debates - 15° Painel - Reestruturação da Defesa Nacional: Reflexões sobre o preparo e o emprego das Forças Armadas no século XXI.

Mesa:
coordenador da Pós-Graduação da Escola Superior de Guerra - ESG, contra-Almirante Antonio Ruy de Almeida Silva;
presidente da CRE,  senador Jorge Viana (PT-AC);
professor do Departamento de Relações Internacionais da Universidade Federal da Paraíba - UFPB, Augusto Wagner Menezes Teixeira Júnior;
diretor Institucional do Sindicato das Indústrias de Material de Defesa, Luiz Cristiano Vallim Monteiro.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: UTILIZAR OU NÃO AS FORÇAS ARMADAS PARA COMBATER O CRIME ORGANIZADO? LOC: O TEMA FOI DEBATIDO NESTA SEGUNDA-FEIRA NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES, QUE ANALISOU O PAPEL DAS FORÇAS ARMADAS NO SÉCULO 21. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) A falta de recursos para os projetos estratégicos e a participação dos militares no enfrentamento ao crime organizado foram debatidos durante o ciclo de debates da Comissão de Relações Exteriores do Senado. No painel sobre o papel das Forças Armadas brasileiras no século 21, a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, lamentou a falta de atenção governamental com um tema tão importante: (Ana Amélia) Eu lamento que a nossa crítica no Brasil, que tem formadores de opinião, não entendam a Defesa como um eixo fundamental no desenvolvimento estratégico de um país. (Repórter) O professor de Relações Internacionais Augusto Wagner, da Universidade Federal da Paraíba, criticou a utilização maciça das Forças Armadas contra o crime organizado. O problema, segundo ele, é que, quando ocorrerem incidentes e mortes, a imagem das Forças Armadas será prejudicada: (Augusto Wagner) Seria um uso equivocado e que compete para a depreciação simbólica e das capacidades operacionais das Forças Armadas. (Repórter) Representante do Sindicato das Indústrias de Material de Defesa, Luiz Monteiro, que também é diretor de uma empresa que fabrica gás lacrimogênio e balas de borracha, defendeu a participação da Marinha, Exército e Aeronáutica nas questões de segurança pública: (Luiz Monteiro) No que se refere a utilização e emprego das Forças Armadas em atividades de segurança pública, isso pode ser feito, desde que não seja feito sempre. Seja feito de forma pontual e específica. Isso está na Constituição e na Lei Complementar. A grande questão não é se usa as Forças Armadas para segurança pública ou para defesa externa enquanto falta dinheiro. A questão é que falta dinheiro. (Repórter) O coordenador de Pós-Graduação da Escola Superior de Guerra, o contra-almirante Antônio Ruy Silva, frisou que as Forças armadas procuram executar suas funções mesmo sob as pressões econômicas: (Antônio Ruy Silva) Claro que nós estamos num período difícil pro próprio país. E as Forças armadas têm de se adaptar também às condições econômicas e sociais do país. (Repórter) A audiência foi presidida pelo senador Jorge Viana, do PT do Acre. No dia 13 de novembro, a comissão vai debater “O Aumento da Insegurança Internacional - Desafios do Brasil”.

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