Mais Médicos não é consenso entre entidades e pesquisadores — Rádio Senado
Audiência pública

Mais Médicos não é consenso entre entidades e pesquisadores

O desempenho do Programa Mais Médicos não é consenso entre pesquisadores, autoridades e entidades médicas. O assunto foi debatido em audiência pública nesta quinta-feira (26) pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS). Os senadores e convidados defenderam a criação de um plano de carreira para valorizar a categoria. A senadora Lídice da Mata (PSB – BA) pretende apresentar até o final do ano um diagnóstico sobre o funcionamento do Programa Mais Médicos.

26/10/2017, 12h39 - ATUALIZADO EM 26/10/2017, 13h38
Duração de áudio: 02:07
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realiza 
2ª audiência interativa para avaliação do Programa Mais Médicos. Entre os convidados, representantes do Conselho Nacional de Saúde; da Associação Médica Brasileira e de professores.

Mesa:
professor assistente da Universidade de Brasília (UnB), Vinícius Ximenes Muricy da Rocha;
professor assistente da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Felipe Proenço de Oliveira;
presidente eventual da CAS, senadora Lídice da Mata (PSB-BA);
presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ronald Ferreira dos Santos;
conselheiro do Conselho Federal de Medicina (CFM), Alceu José Peixoto Pimentel.

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O DESEMPENHO DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS NÃO É CONSENSO ENTRE PESQUISADORES, AUTORIDADES E ENTIDADES MÉDICAS. LOC: O ASSUNTO FOI DEBATIDO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NESTA QUINTA-FEIRA PELA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS. OS SENADORES E CONVIDADOS DEFENDERAM A CRIAÇÃO DE UM PLANO DE CARREIRA PARA VALORIZAR A CATEGORIA. REPÓRTER GEORGE CARDIM. (Repórter) Autoridades, pesquisadores e representantes de entidades médicas divergiram sobre os resultados, o funcionamento e os principais problemas do Programa Mais Médicos, criado em 2013. O Conselho Nacional de Saúde defendeu a participação de médicos cubanos e manifestou que o programa ampliou a atenção básica à saúde. Segundo o professor da Universidade Federal da Paraíba, Felipe de Oliveira, o Mais Médicos beneficiou 63 milhões de brasileiros. (Felipe de Oliveira) “Evidentemente municípios que não tinham profissionais nesta área e que passaram a contar através do Programa. Importantes regiões de vulnerabilidade no Norte, no sertão do Nordeste, em periferias de capitais, municípios com índice de desenvolvimento baixo ou muito baixo” (Repórter) Já as associações médicas defenderam que os profissionais formados no Exterior deveriam passar pelo Exame Revalida, que concede registro para atuação no Brasil. O presidente do Conselho Federal de Medicina, Alceu Pimentel, lembrou que um em cada três médicos do programa trabalha sem supervisão e disse que uma auditoria do TCU revela que a iniciativa prejudicou os médicos brasileiros. (José Pimentel) “A auditoria mostra que metade dos primeiros locais atendidos pelo programa ao receber os bolsistas ocorreu dispensa de médicos contratados anteriormente. Então, houve sim dispensa de médicos brasileiros que trabalham nestes municípios” (Repórter) Os médicos e parlamentares defenderam a criação de um plano de carreira para valorizar a categoria e melhorar a distribuição dos profissionais pelo país, como explicou o senador Waldemir Moka, do PMDB do Mato Grosso do Sul. (Waldemir Moka) “No plano de carreira o médico vai começar lá no município de pequeno acesso mas ele vai ter uma remuneração e ele sabe que está em uma carreira ascendente. E Vai ter o espaço pra fazer uma especialidade, poder ir para uma cidade maior, se ele quiser, ou vai permanecer na mesma cidade” (Repórter) A senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, disse que vai apresentar até o final do ano um diagnóstico sobre o funcionamento do Programa Mais Médicos.

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