CDR aprova autorização para cana-de-açúcar voltar a ser plantada na Amazônia — Rádio Senado
Proposta

CDR aprova autorização para cana-de-açúcar voltar a ser plantada na Amazônia

A cana de açúcar poderá voltar a ser plantada em áreas da Amazônia onde já existam outros cultivos. A autorização está prevista em projeto de lei (PLS 626/2011) aprovado nesta quarta-feira (16) pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado (CDR). A expansão do cultivo de cana de açúcar na Amazônia e no Pantanal foi proibida em 2009. Na prática, o governo impediu o aumento desse tipo de plantio em mais de 81% do território nacional. Ainda assim, cerca de oito milhões de hectares do território brasileiro são usados para o plantio da cana. É um pouco menos de 1% do total da área plantada no país. Para o senador Flexa Ribeiro (PSDB – PA), autor da proposta, a motivação para o embargo foi econômica e não ambiental, uma vez que a expansão só poderá acontecer em áreas que já possuam outras culturas.

16/08/2017, 13h46 - ATUALIZADO EM 16/08/2017, 14h56
Duração de áudio: 02:19
Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) realiza reunião deliberativa com 9 itens. Entre eles, o PLC 147/2015, que institui o Mapa do Turismo e o PLC 164/2015, que dispensa alvará de construção no processo de averbação para casas térreas com mais de 5 anos.

Bancada:
senador Valdir Raupp (PMDB-RO);
senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CANA DE AÇÚCAR PODERÁ VOLTAR A SER PLANTADA EM ÁREAS DA AMAZÔNIA ONDE JÁ EXISTAM OUTROS CULTIVOS. LOC: A AUTORIZAÇÃO ESTÁ PREVISTA EM PROJETO DE LEI APROVADO NESTA QUARTA-FEIRA PELA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E TURISMO DO SENADO. DETALHES COM O REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) A expansão do cultivo de cana de açúcar na Amazônia e no Pantanal foi proibida em 2009. Na prática, o governo impediu o aumento desse tipo de plantio em mais de 81% do território nacional. Ainda assim, cerca de oito milhões de hectares do território brasileiro são usados para o plantio da cana. É um pouco menos de 1% do total da área plantada no país. Para o senador Flexa Ribeiro, do PSDB do Pará, autor da proposta, a motivação para o embargo foi econômica e não ambiental, uma vez que a expansão só poderá acontecer em áreas que já possuam outras culturas. (Flexa Ribeiro) A cana de açúcar da nossa região (...) tem um teor de sacarose mais elevado do que a cana de açúcar plantada em São Paulo, lá no Sul. E a produtividade por hectare é maior do que a deles. Então os produtores de cana e de etanol no sul bloqueiam a expansão da cultura para a Amazônia por uma questão de concorrência. (Repórter) Para o relator da proposta aprovada na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, senador Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, a expansão da cultura em áreas já exploradas da Amazônia vai ajudar a economia regional. (Valdir Raupp) Possibilitará a elevação da produtividade da terra e do trabalho naquelas áreas ocupadas predominantemente por atividades pouco produtivas, contribuindo para a geração de riqueza e empregos. (Repórter) Outro projeto aprovado na comissão dispensa o alvará de construção para pequenas casas de um pavimento com mais de cinco anos, como explicou a senadora Regina Sousa, do PT do Piauí. (Regina) Não são raros os casos em que a alienação desses imóveis é inviabilizada em razão da inexistência de registro imobiliário. Essa circunstância acaba por impedir uma expansão do mercado imobiliário, especialmente em bairros e cidades economicamente menos favorecidos. (Repórter) O projeto que permite a expansão do plantio de cana de açúcar na Amazônia segue para votação na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado. PLS 626/2011, PLC 164/2015

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