Líder do governo minimiza baixa adesão à segunda parte do programa de repatriação de dinheiro e bens — Rádio Senado
Economia

Líder do governo minimiza baixa adesão à segunda parte do programa de repatriação de dinheiro e bens

01/08/2017, 21h11 - ATUALIZADO EM 01/08/2017, 21h11
Duração de áudio: 01:55
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. 

Participam: 
senador Reguffe (sem partido-DF); 
senador Romero Jucá (PMDB-RR) 

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: O LÍDER DO GOVERNO MINIMIZOU A BAIXA ADESÃO À SEGUNDA PARTE DO PROGRAMA DE REPATRIAÇÃO DE DINHEIRO E BENS NÃO DECLARADOS DE BRASILEIROS NO EXTERIOR. LOC: JÁ A OPOSIÇÃO AVALIOU COMO CORRETA A DECISÃO DO LEGISLATIVO DE EXCLUIR PARENTES DE AGENTES PÚBLICOS DA REPATRIAÇÃO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: A segunda etapa da repatriação foi encerrada na segunda-feira, 31 de julho. Quando o projeto passou pelo Senado, em março, a expectativa era arrecadar 13 bilhões de reais com o programa. Ele permite a regularização de ativos de brasileiros no exterior não-declarados ao Fisco, com o perdão do crime de evasão de divisas, em troca do pagamento de 15% do Imposto de Renda e 20,25% de multa. Mas dos 13 bilhões esperados, apenas dois bilhões e novecentos milhões de reais foram repatriados. O líder do governo, senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, disse que essa baixa adesão já era aguardada. E o motivo, segundo ele, é que o Congresso impediu a repatriação pelos familiares de agentes públicos, como políticos e servidores: (ROMERO JUCÁ) No momento em que tirou parentes de agentes políticos, diretores de autarquias, servidores públicos municipais, federais, estaduais, na verdade, fez com que não tivesse mais nenhum nicho de declaração que poderia ser feita. Então, nós dissemos que isso iria acontecer, já era esperado. Não é novidade. Infelizmente, a mudança fez com que se frustrasse a arrecadação. (MAURÍCIO) O senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, afirmou que já esperava que o valor arrecadado fosse bem menor do que o pretendido pelo governo. Mas ele considerou um acerto do Congresso ter excluído os parentes de agentes públicos da repatriação (RANDOLFE RODRIGUES) Porque isso que estava sendo defendido é uma ofensa a qualquer valor de República. É uma ofensa à ordem jurídica. Não se pode, em nome de melhorar a arrecadação, querer criar utensílios, criar vantagens para a repatriação de recursos ligados a parentes de políticos. (MAURÍCIO) Na primeira fase do programa de repatriação, no ano passado, foram arrecadados 47 bilhões de reais. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.

Ao vivo
00:0000:00