Brasil pode ficar sem construir novas usinas nucleares pelos próximos 30 anos

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LOC: O BRASIL PODERÁ FICAR SEM CONSTRUIR NOVAS USINAS NUCLEARES PELOS PRÓXIMOS 30 ANOS. LOC: É O QUE PREVÊ UM PROJETO DE LEI APRESENTADO PELO SENADOR CRISTOVAM BUARQUE, QUE QUESTIONA A SEGURANÇA DESSA TECNOLOGIA PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. REPÓRTER FLORIANO FILHO. TÉC: O Brasil tem duas usinas nucleares em atividade e outra em construção. Todas ficam em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Elas produzem cerca de três por cento da eletricidade consumida no país e um terço da energia carioca. As obras para construção de Angra 3 foram paralisadas nos anos 80 e retomadas em 2008. Estão prontos cerca de 70% da usina. Só que em 2015 uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público apurou pagamento de propina pela construtora Andrade Gutierrez para ex-executivos da Eletronuclear e as obras foram novamente paralisadas. O senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, já havia apresentado em 2011 um projeto de lei prevendo a suspensão da construção de novas usinas termonucleares no Brasil. As denúncias de corrupção reforçaram a opinião dele de que essas usinas não são seguras. (Cristovam) Não foram simples suspeitas. Esta constatação da propina é que permite suspeita se houve ou não relaxamento na segurança para tornar mais fácil à empresa vencedora ganhar a licitação. (REP) A Associação Brasileira de Energia Nuclear enviou um comunicado à Comissão de Meio Ambiente do Senado garantindo que a tecnologia e a área escolhidas para a construção de Angra 3 são seguras. Além disso, segundo a física nuclear Olga Simbalista, presidente da Associação, a matriz energética brasileira ficou desequilibrada nos últimos 15 anos. (Olga) O Brasil não pode prescindir da energia nuclear a médio prazo e isto já está sinalizado pelo planejamento de médio e longo prazo da Empresa de Pesquisas Energéticas, EPE. (REP) O senador Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, é o relator do projeto de lei que está na Comissão de Meio Ambiente do Senado. Da Rádio Senado, Floriano Filho. PLS 405/2011