CDH debate criação do cadastro-inclusão e de um modelo de avaliação da deficiência — Rádio Senado
Audiência pública

CDH debate criação do cadastro-inclusão e de um modelo de avaliação da deficiência

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) ebateu nesta segunda-feira (03) a criação do cadastro-inclusão e de um modelo de avaliação da deficiência. Autoridades reconhecem avanços na regulamentação do Estatuto da Pessoa com Deficiência, mas entidades temem a perda de direitos já assegurados

03/07/2017, 13h07 - ATUALIZADO EM 14/09/2017, 12h15
Duração de áudio: 02:57
Comissão de Direitos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública interativa para debater regulamentação do Estatuto da Pessoa com Deficiência, com a participação, entre outros, de representantes do CNS, do Conade e da Fenapaes.

Mesa (E/D): 
advogado e secretário de Direitos Humanos e Assuntos Jurídicos da Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB), Willian Ferreira da Cunha,  
presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONADE), Moisés Bauer Luiz,
analista de Planejamento e Orçamento da Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Kalid Nogueira Choudhury,
vice-presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS);  
auditora Fiscal do Trabalho - coordenadora Nacional do Projeto de Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho ( TEM), Fernanda Maria Pessoa Di Cavalcanti,
professora do Curso de Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB), Lívia Barbosa, coordenador-geral de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), Wederson Rufino dos Santos.

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DEBATEU NESTA SEGUNDA-FEIRA A CRIAÇÃO DO CADASTRO-INCLUSÃO E DE UM MODELO DE AVALIAÇÃO DA DEFICIÊNCIA. LOC: AUTORIDADES RECONHECEM AVANÇOS NA REGULAMENTAÇÃO DO ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA, MAS ENTIDADES TEMEM A PERDA DE DIREITOS JÁ ASSEGURADOS. REPÓRTER GEORGE CARDIM. (Repórter) Autoridades, especialistas e entidades ligadas ao tema, discutiram em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos a regulamentação do Estatuto da Pessoa com Deficiência. O artigo segundo estabelece que o governo federal deve criar, até janeiro de 2018, os instrumentos para a avaliação da deficiência. A análise será feita por profissionais de diferentes áreas, como médicos e psicólogos, e levará em conta os impedimentos nas funções e estruturas do corpo, a limitação no desempenho de atividades e fatores pessoais e psicológicos. A lei também prevê a criação do chamado cadastro-inclusão, para identificar os principais obstáculos enfrentados e fazer um mapeamento da deficiência no Brasil. Segundo o representante do Ministério dos Direitos Humanos, Wederson dos Santos, o objetivo é unir 19 bancos de dados eletrônicos já existentes e adaptar as ações e programas voltados para esta parcela da população (Wederson dos Santos) “Num futuro aí próximo esta integração do cadastro de inclusão e da avaliação de deficiência vai permitir uma melhor caracterização da pessoa com deficiência no Brasil. Isso pra termos de formulação e reformulação de política pública é o que é o mais importante do ponto de vista da aplicabilidade prática do cadastro inclusão” (Repórter) Já o advogado Willian da Cunha, da Organização Nacional de Cegos do Brasil, questionou se o acesso às políticas públicas deve estar vinculado à avaliação da deficiência e teme a perda de direitos conquistados pelo Estatuto. (Willian da Cunha) “Os legitimados usuários dos direitos da pessoa com deficiência que já fazem parte das macrodefinições na legislação não podem ficar a margem destas políticas. O fato da deficiência, isto já me dá direito. Se a regulamentação trazer uma a obrigação para esta avaliação, isto pode restringir direito, por exemplo, a não discriminação da pessoa com deficiência” (Repórter) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, destacou os avanços no Estatuto e explicou que a regulamentação deve assegurar os benefícios previstos na lei. (Paulo Paim) “Resultará em benefícios, isenções e serviços federais mais adequados e menos burocráticos para as pessoas com deficiência. O Estatuto o precisa ser regulamentado e ser instrumentalizado para a realização de um novo modelo de avaliação da deficiência” (Repórter) A regulamentação do Estatuto da Pessoa com Deficiência está sendo elaborada por um Comitê formado por representantes de ministérios e entidades ligadas ao tema.

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